Ontem, dia 27 de
Junho de 2018, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido na Casa Branca
em Washington pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump,
tendo os dois presidentes mantido uma reunião a sós na Sala Oval durante cerca
de 25 minutos, a que se seguiu uma reunião alargada às respectivas equipas de diplomatas e assessores.
Não havia
quaisquer assuntos importantes na agenda entre os dois países e MRS nem sequer podia falar em nome da União Europeia. Por isso, foi um encontrosinho para a fotografia,
em que para além das declarações de
circunstância, sempre amistosas e elogiosas, os dois presidentes falaram de banalidades diversas, embora o encontro também
tenha servido para lembrar ao Donald que Portugal existe e que, como salientou
MRS, foi "o primeiro país neutral a reconhecer a independência dos Estados
Unidos da América, apesar de ter a Inglaterra como o mais antigo aliado". Como
convém, nestes casos, houve uma declaração final em que MRS disse que"não
houve nada, mas verdadeiramente nada de relevante naquilo que era convergente
ou divergente que não tivesse sido tratado". E ficamos mais descansados.
Tanto quanto sabemos, nas múltiplas viagens presidenciais de MRS desapareceram
as extensas comitivas de que os anteriores presidentes tanto gostavam.
Anteriormente, eram empresários, banqueiros ou agentes culturais, quase sempre os
mesmos, que enchiam os aviões e os hotéis nas viagens presidenciais, com a
conta a ser paga pela Presidência da República. Nesse aspecto, MRS inovou e acabou
com essa dispendiosa fantasia das comitivas presidenciais. Quanto ao resto,
nada mas mesmo nada se pode esperar deste encontro entre MRS e o Donald para
além de uma fotografia, que aliás a imprensa portuguesa não deixou de divulgar, embora o Diário de Notícias tenha lamentavelmente sobreposto à dita fotografia uma não-notícia especulativa. Em síntese, é muito útil e animador que possamos exibir pelo mundo um
presidente moderno, culto e cosmopolita como é MRS, mesmo que seja só para ser fotografado.