Quando na
madrugada de ontem largava do porto de Baltimore com destino ao Sri Lanka, o
navio porta-contentores Dali que tem 300 metros de comprimento e hasteava a bandeira de Singapura, perdeu
capacidade de manobra e colidiu com um pilar da ponte Francis Scott Key. A colisão provocou a imediata queda do seu principal tabuleiro e, numa reacção
em cadeia, originou o colapso de outros tabuleiros da mesma ponte, que tem um comprimento de 2,6
quilómetros. Muitos jornais do mundo inteiro, incluindo o The New York Times,
publicaram impressionantes fotografias do Dali,
carregado com milhares de contentores - 4700 segundo foi depois divulgado - e com uma parte do pavimento da ponte
sobre o seu convés.
O navio tinha
largado do cais do porto de Baltimore menos de trinta minutos antes com 22 tripulantes e tinha a
bordo dois experientes pilotos locais, mas foram detectadas anomalias eléctricas
e foi verificado que os seus movimentos estavam descontrolados, pelo que a
tripulação emitiu um pedido de socorro que permitiu que as autoridades
portuárias ainda tivessem travado o tráfego de veículos na ponte. Além disso, o
navio ainda adoptou procedimentos de emergência ao largar âncoras para travar o
seu deslocamento descontrolado, mas essa medida que era adequada não produziu qualquer efeito.
O porto de
Baltimore é um dos maiores dos Estados Unidos e o colapso da ponte vai afectar
a vida económica do estado de Maryland, porque vai obrigar à paralização do
tráfego portuário, tanto de carga como de passageiros, mas também afectará toda
a Costa Leste dos Estados Unidos. Por isso e porque este ano há eleições nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden considerou
que se tratou de um “terrível acidente” e determinou que se inicie a imediata reconstrução da ponte Francis Scott Key.