O
diário inglês The Times publica hoje na sua primeira página uma fotografia do
porta-aviões HMS Illustrious que,
depois de 32 anos de serviço, largou de Portsmouth com rumo à Turquia para ser
desmantelado e acabar na sucata. O navio de 22.000 toneladas pertenceu à classe
Invincible, serviu na guerra das Falklands
e na guerra do Golfo, tendo sido abatido ao efectivo em 2014. A partir de então a
Royal Navy deixou de ter qualquer porta-aviões, embora esteja prevista para 2020 a recepção de duas
unidades da nova classe Queen Elizabeth –
o HMS Queen
Elizabeth e o HMS Prince of Wales.
O
desmantelamento do “Lusty”, nome por que era conhecido pelos seus tripulantes,
causou grande mágoa nos milhares de membros da Royal Navy que nele serviram e
não queriam vê-lo transformado em lâminas de barbear, panelas ou latas de cerveja. A Primeira-Ministra
Theresa May foi sensível aos apelos dos “velhos marinheiros”, suspendeu a
operação e esperou pelo resultado de uma campanha pública destinada a salvar o HMS Illustrious. Surgiram três propostas,
destacando-se a de um consórcio que oferecia 3 milhões de libras para
transformar o navio numa unidade hoteleira e museológica, para além daquela que pretendia transformar o navio num memorial da Royal
Navy, um pouco à semelhança do que acontece com cinco velhos porta-aviões
americanos.
Todas
as negociações falharam e o HMS Illustrious
acabou por ser vendido para a sucata por 2,1 milhões de libras, tendo já
iniciado a sua viagem para a Turquia. Parece que o Tesouro inglês precisava de dinheiro.