A guerra das
Falklands (para os britânicos) ou guerra das Malvinas (para os argentinos)
também têm sido designadas como a “guerra das dez semanas”, pois teve início no
dia 2 de Abril de 1982 com a entrada das tropas argentinas em Port Stanley e
terminou quando, nessa mesma povoação, o general Mario Benjamín Menéndez se
rendeu ao general Jeremy J. Moore às 23 horas e 59 minutos do dia 14 de Junho. Nessas
dez semanas tinham morrido 649 argentinos, muitos dos quais foram sepultados num
cemitério especialmente construído para o efeito em Port Darwin, a cerca de 90
quilómetros de Port Stanley, o qual se conserva impecavelmente tratado e limpo,
como sempre acontece com os cemitérios militares ingleses.
Todos os anos, no
dia 2 de Abril, os argentinos costumam homenagear os seus mortos na guerra das
Malvinas, um pouco por todo o país. Porém, este ano, o governo da província de
San Juan decidiu promover uma visita às ilhas e, pela primeira vez, um grupo de
25 ex-combatentes visitou o cemitério de Darwin. De acordo com a notícia do Diário
de Cuyo, o principal jornal da cidade de San Juan, o grupo de 25
ex-militares que combatera naquela mesma área há 34 anos, esteve em
peregrinação emocional no cemitério de Darwin, onde passou quatro horas e
fotografou, filmou e rezou. Durante a homenagem aos seus camaradas ali
sepultados, o grupo exibiu uma bandeira argentina e cantou o hino nacional argentino, acto que as autoridades só permitem naquele local, nos termos de um acordo a que se
chegou em 1999, ou seja, “este es en el único de las islas donde los argentinos
pueden darse el permiso de expresar lo que sienten por Malvinas”.
Porém, o facto é que os argentinos se aproximam das Falklands, enquanto os navios ingleses se afastam das Malvinas...