Chama-se São
Pedro do Rio Seco o local onde veio ao mundo quando a segunda guerra mundial já
tinha terminado há alguns meses e eram altas as expectativas quanto aos tempos
de paz que se aproximavam. O rapaz cresceu e estudou. Foi um aluno de excepção na
Faculdade de Ciências e cumpriu o serviço militar na Marinha. Homem discreto,
atento e inteligente, decidiu-se por uma carreira empresarial que teve muito
sucesso, mas porque é solidário e generoso, não esqueceu as suas origens e tem
dado o seu contributo para a valorização do seu torrão natal.
Atento observador
do mundo e verdadeiro filósofo da sociedade contemporânea, juntou as suas
regulares crónicas da blogosfera e publicou-as como “O Mundo em transição – Reflexões sobre crescimento, população,
poluição e recursos naturais”. É um livro notável, escrito por um homem que
sabe e que pensa, o que começa a ser raro no panorama editorial português.
A propósito dessa
iniciativa, ontem juntou muitos amigos, figuras da cultura e da comunicação
social, conterrâneos e colegas, jornalistas e companheiros de armas. Foi um
notável acontecimento social e cultural, proporcionado por um homem notável que
tem sabido viver “abaixo das suas possibilidades”. Foi na rua Ivens, ali ao Chiado,
nas instalações do Grémio Literário, o clube criado em 1846 e que teve
Alexandre Herculano como seu sócio nº 1. Tive o grato prazer de estar com o
L.Q., que conheço e admiro desde há 45 anos.