Numa altura em
que alguns países europeus, sobretudo a França, a Espanha e Portugal, vivem em clima
de grande euforia com a verdadeira avalanche de turistas que neles passam as
suas férias de Verão, o jornal DNA – Dernières Nouvelles d’Alsace de
Strasbourg, publica hoje uma reportagem sobre a “ruine du tourisme” na Tunisía.
Nesse país, tal como se verifica em todo o Magrebe, na Turquia e no Egipto, a instabilidade
e a ameaça terrorista têm afastado o turismo europeu que prefere os destinos
turísticos mais seguros. Como consequência, naquelas regiões da margem sul e
oriental do Mediterrâneo, o sector turístico está absolutamente arruinado e
muitos milhares de turistas cancelaram as suas reservas nestas regiões,
escolhendo o sudoeste da Europa como destino de férias.
No caso da
Tunísia, onde houve os atentados do Museu Nacional do Bardo na capital tunisina
(24 mortos) e na praia de Port El Kantaoui (38 mortos), os turistas europeus
desapareceram das praias e dos hotéis, onde apenas se vêem alguns tunisinos e
argelinos de baixo poder económico, o que causa um grave problema económico e
social ao sector do turismo que assegura 450 mil empregos e representa 7% do
PIB.
Porém, enquanto os
franceses e os espanhóis registam este boom
turístico como resultado da situação de desgraça que está a passar pela orla sul e oriental do
Mediterrâneo, nós temos a lamentável e mentirosa mensagem sublimar do irrevogável
e dos seus seguidores, a insinuar que o crescimento do nosso turismo foi obra do
governo. Para essa gente, sem pudor e sem vergonha, vale tudo! Gostam do poder e, por ele, fazem tudo.