Os preparos para executar
um ataque em grande escala continuam a avançar e os aliados Trump, May e Macron
parecem estar de acordo quanto à necessidade de castigar o regime sírio por um
alegado ataque com armas químicas contra Douma, em Ghouta Oriental, nos
arredores de Damasco.
Porém, os russos
insistem que tudo não passou de uma encenação e é por isso que os peritos da
Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), uma organização que tem
sede em Haia e que em 2013 recebeu o Prémio Nobel da Paz, vão começar amanhã
uma investigação in loco, tendo sido
anunciado que as autoridades sírias estão prontas para garantir a segurança da
equipa de peritos e levá-los onde eles quiserem.
Entretanto, a
resposta dos três aliados continua a ser preparada sobretudo ao nível das
respectivas opiniões públicas nacionais, porque em cada um desses países se
levantam vozes contra uma intervenção na Síria porque a consideram ilegal,
inapropriada e de alto risco. Hoje o diário The Times publica uma
fotografia do porta-aviões nuclear USS
Harry S Truman e destaca que está em preparação a maior força de ataque
desde a intervenção no Iraque.
No entanto, se
esta força avançar vai enfrentar os russos que estão instalados no terreno e
que, provavelmente, dispõem de tecnologia e capacidade militar para enfrentar
este desafio. Trump e os seus amigos têm dado sinais contraditórios quanto às
suas intenções pois conhecem os riscos que correm, mas também parece já estão
numa fase de não retorno.
Temos que pensar
que, se alguma coisa acontecer,que não sejam encontros entre russos e
americanos, porque aí o caldo pode entornar-se... e ninguém quer o caldo
entornado.