quarta-feira, 10 de julho de 2019

Os novos submarinos nucleares franceses

O diário francês Charente Libre que se publica na cidade de Angoulême dedica a sua edição de hoje ao lançamento à água do submarino Suffren, a primeira unidade de ataque de propulsão nuclear (SNA) destinado à Marinha francesa, que vai acontecer nos próximos dias com a presença do presidente Emmanuel Mácron.
A nova unidade foi construída em Cherburgo pelo Naval Group à Ruelle sur Trouve (antigo DCNS), é do tipo Barracuda, tem um deslocamento de 5.300 toneladas, pode alojar pessoal feminino na sua guarnição e pode navegar 70 dias em absoluta autonomia a 350 metros de profundidade. Depois das doze unidades de propulsão convencional vendidas à Austrália, o Suffren é o primeiro de uma série de seis novas unidades de ataque capazes de lançar mísseis de cruzeiro e de transportar forças especiais, o que permite que a Marinha francesa dê um saut générationnel. Os SNA do tipo Barracuda começarão a entrar ao serviço no Verão de 2020 e irão substituir os seis submarinos da classe Rubis que estão operacionais desde o início dos anos 1980. A factura desta encomenda, inicialmente avaliada em 7,9 é agora de 9,1 mil milhões de euros para o desenvolvimento e construção de seis submarinos, o último dos quais deverá entrar ao serviço em 2030.
Segundo refere o Charente Libre o submarino Suffren surge num contexto de crescimento do número de submarinos no mundo, que actualmente são mais de 450. Enquanto americanos, russos, chineses, britânicos e franceses possuem SNA, vários outros países como a Índia e a Austrália procuram renovar as suas frotas submarinas convencionais e outros, como a Malásia e o Vietnam, procuram ter os seus primeiros submarinos.