A menos de dois
dias das eleições presidenciais americanas, muitos jornais apresentam nas suas
capas as fotografias dos dois candidatos, enquanto as sondagens indicam que
estão empatados, o que significa uma grande incerteza para os Estados Unidos e
para o mundo. A disputa entre Donald Trump e Kamala Harris tem sido centrada
nas suas características pessoais e nas questões do aborto, da imigração, da
economia, dos impostos, da inflação, do combate ao crime e das alterações
climáticas. Esses são os temas que mais interessam os 244 milhões de eleitores
anericanos, dos quais 75 milhões já votaram antecipadamente.
Porém, para
aqueles que no mundo acompanham as eleições americanas, as crises no Médio
Oriente e na Ucrânia são, certamente, os temas mais importantes e sobre eles,
ambos os candidatos têm sido muito cautelosos, tanto em relação ao eleitorado
judeu, como em relação ao eleitorado árabe e palestiniano.
Na Europa, que
tem sido politicamente irrelevante nestes conflitos e que tem lidado muito mal com eles, a personalidade truculenta, grosseira e inculta de Donald Trump é
uma coisa que preocupa e assusta, pelo que Kamala Harris tem a preferência dos europeus,
embora muitos critiquem o seu alinhamento umbilical com Israel e com a política
prosseguida por Joe Biden, que continua a fornecer armamento ao regime brutal
de Netanyahu e, implicitamente, a apoiar o gernocídio em Gaza e a destruição na
Cisjordânia e no Líbano.
Como escreve hoje o novaiorquino Daily News é uma fateful choice, mas se eu fosse americano, certamente que nunca daria o meu voto ao Donald, nem às suas boçalidades.