sexta-feira, 28 de junho de 2024

O debate-empate entre Biden e Trump

O debate que os candidatos presidenciais americanos sustentaram ontem à noite em Atlanta, não parece ter tido consequências importantes na corrida eleitoral. Os juízos opinativos da imprensa americana estão em linha com o alinhamento dos próprios jornais, em que uns apoiam Biden e outros apoiam Trump, pelo que os efeitos políticos do debate só serão conhecidos mais tarde. Na sua edição de hoje o jornal nova-iorquino Newsday diz que o debate presidencial foi um combate de palavras, o que significa que não se pode classificar o debate como decisivo, enquanto se escreveu que o debate não foi mais do que “90 minutos miseráveis”.
Porém, alguns títulos e algumas afirmações que se podem ler nas entrelinhas de diversa imprensa, parecem mostrar que Joe Biden esteve pior que Donald Trump. O jornal New York Post diz que “assistimos ao fim da presidência de Biden”, que esteve triste, resmungão e até tropeçou, enquanto o britânico Evening Standard escreveu que “Biden estragou tudo”.
O facto é que os Democratas parecem ter ficado em pânico com o desempenho de Joe Biden, havendo quem tenha começado a sugerir a nomeação de um candidato mais jovem para a convenção de agosto do Partido Democrata, lembrando talvez o sucesso histórico de jovens como John Kennedy ou Bill Clinton. 
Donald Trump foi classificado como “o pior presidente da história americana” e foi acusado, uma vez mais, de ter sido o responsável pela insurreição de 6 de janeiro de 2021.Os dois candidatos divergiram em relação à guerra na Ucrânia, pois Biden disse que Putin era “um criminoso de guerra” que quer estender a guerra até aos estados vizinhos que pertencem à NATO, enquanto Trump se referiu a Zelensky como “o maior vendedor do mundo”.
Foi um combate de palavras, ou um debate-empate, que o mundo seguiu com muita atenção e ficado à espera da reacção dos eleitores americanos.