A edição de hoje
do jornal O Dia que se publica no Rio de Janeiro é muito sugestiva e
apresenta um original grafismo, em que é associado o título e o conteúdo da
notícia de primeira página ao próprio logotipo do jornal. Assim, a informação de
que o “Rio caindo aos pedaços” fica reforçada perante o leitor, pois o título do jornal até parece que também cai aos pedaços.
A reportagem
revela alguma indignação e apreensão por uma série de desastres que têm ocorrido no Rio de
Janeiro, a cidade símbolo do Brasil, que denunciam problemas críticos em
algumas infraestruturas urbanas e casos reveladores de maior descuido ou de falta manutenção.
Segundo revela a notícia, em menos de um ano, a série
de tragédias que têm afectado a cidade impressiona e, entre elas, destaca-se o
incêndio do Museu Nacional que foi uma catástrofe para o património cultural
brasileiro, o incêndio no Centro de Treino do Flamengo que matou dez jogadores
de futebol juvenis, as chuvas torrenciais de Abril que provocaram dez mortes, o
desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema que ruíram e provocaram a
morte de 20 pessoas, o desabamento frequente de ciclovias e, ontem, o
desabamento de parte do tecto do Túnel Acústico Rafael Mascarenhas, na Gávea,
que tem quinhentos metros de extensão e interrompeu o trânsito num dos acessos
de ligação entre a zona sul e a zona oeste da cidade.
Como salienta O Dia,
o Rio de Janeiro, que é o cartão postal do Brasil,
está caindo aos pedaços. Será, sobretudo, um título sensacionalista, mas também é um aviso dirigido às autoridades porque as infraestruturas urbanas não são eternas e exigem atenção e manutenção.