Passaram ontem dois
anos depois da assinatura do Memorando entre o governo português e a troika e, como diz a edição de hoje do jornal i, o fracasso é evidente. O
pequeno grupo de aventureiros que tomou o poder com base numa campanha eleitoral
mentirosa e caluniosa, tem revelado grande incompetência, impreparação e
insensibilidade, além de estar a conduzir o nosso país para um naufrágio. Usaram um
diagnóstico mentiroso para chegar ao poder a qualquer preço, construíram um cenário
cheio de falsidades, escolheram protagonistas aventureiros e arrogantes, exigiram
sacrifícios tremendos à população, arruinaram a nossa economia, puseram em
causa a coesão social, expulsaram do país uma geração de jovens muito qualificada
e criaram uma insustentável situação depressiva que é visível por todo o país. Os
grandes objectivos da governação falharam todos: défice orçamental, PIB, dívida
pública, emprego, exportações e consumo privado. Nada pode esconder esta triste
realidade e o “regresso aos mercados” ou a correcção do nosso “desequilíbrio
externo” são vitórias demasiado pequenas para nos confortarem.
Num qualquer
clube de futebol já teria havido uma chicotada
psicológica, com mudança de treinador e de equipa técnica. Aqui, neste
clube que é de todos nós, perante esta tragédia de resultados, vão reunir-se na
segunda-feira em Belém os conselheiros de Estado. Segundo a agenda divulgada, não
vão opinar sobre o estado da equipa, nem sobre a mudança de treinador ou da
equipa técnica, mas apenas para preparar a época de 2014-2015, isto é, aquilo a
que chamaram o pós-troika. É caso
para dizer: tirem-me daqui ou valha-me Santo Ambrósio!