terça-feira, 18 de maio de 2021

Palestina: guerra, violência e destruição

Israel e a Palestina, ou judeus e muçulmanos, estão uma vez mais em guerra pelo que muitas vidas são perdidas, há uma brutal onda de destruição e fica mais distante uma paz duradoura na região.
Conhecemos as razões históricas que alimentam o conflito entre Israel e a Palestina e as razões que dificultam a coexistência das duas comunidades. Conhecemos a Resolução 181 de 29 de Novembro de 1947, em que a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu a divisão daquele território em dois Estados, um árabe e um judeu. Conhecemos as guerras em que se envolveram em 1948, em 1967 e em 1973, bem como os apoios internacionais que cada uma das partes recebeu. Conhecemos as frequentes provocações que cada um destes Estados tem feito ao outro. Conhecemos a obsessão israelita em conquistar espaço territorial aos seus vizinhos. Conhecemos os riscos que este conflito pode trazer à estabilidade e à paz mundial. Conhecemos tudo isso e, pela televisão, assistimos à brutalidade da intervenção israelita que o jornal argelino El Watan classifica como barbárie.
Os bombardeamentos israelitas têm exibido um enorme nível de destruição, arrasando edifícios e outras infraestruturas na martirizada faixa de Gaza, um pequeno território de 365 km2 onde vivem dois milhões de seres humanos.
Pela primeira vez desde o início da actual crise e sob fortes pressões internas, Joe Biden veio anunciar que apoia um cessar-fogo entre as duas partes, mas Benjamin Netanyahu continua a ordenar que a faixa de Gaza seja intensamente bombardeada. Não há sinais de acalmia, a diplomacia não está a ter os resultados que se desejavam e no terreno continua “la barbarie israélienne”.