O Grão-Ducado do Luxemburgo tem cerca de 500 mil habitantes, dos quais cerca de um quarto são portugueses, o que constitui a maior comunidade estrangeira no país. Como habitualmente acontece, quando os portugueses estão fora do seu país tendem a integrar-se nas sociedades de acolhimento, embora também conservem a sua matriz cultural através da língua e das suas práticas culturais, muitas vezes mantidas através de associações muito dinâmicas.
Assim acontece no Luxemburgo, onde a Associação Onda Jovem organiza desde 2000 a eleição da "Miss Portugal no Luxemburgo", com o objectivo de escolher a mais bela das luxotugas – uma designação que os jornais digitais luso-luxemburgueses atribuem aos membros da comunidade portuguesa.
No passado sábado, numa sala com mais de seiscentas pessoas, uma votação on line e um júri escolheram, entre 12 finalistas, a nova "Miss Portugal no Luxemburgo": Stéphanie Faia, de 18 anos de idade.
O assunto não teria qualquer importância noticiosa, se não fosse a decisão do diário luxemburguês Le Quotidien, que na sua edição de hoje trouxe o assunto à sua primeira página com o título “E a nova rainha é ...”, subalternizando as eleições espanholas, a violência no Egipto ou a crise do euro. É uma curiosa maneira de poupar os leitores de outros temas bem mais preocupantes nos tempos que correm.