Um massacre numa
manhã de autêntico terror, que causou uma dezena de vítimas mortais, enlutou o Brasil. O jornal
Estado de Minas, de Belo Horizonte, destaca em título de primeira página que “o
Brasil volta a copiar o horror dos Estados Unidos”.
Aconteceu, ontem,
numa escola de Suzano, um município situado na região metropolitana de São
Paulo, quando dois jovens antigos alunos dessa escola estadual entraram nas
suas instalações, provavelmente não vigiadas, tendo disparado sobre estudantes
e funcionários da escola. No mesmo dia, um dos atiradores da escola de Suzano tinha
publicado na sua página do Facebook várias fotografias em que aparecia armado e
usava uma máscara com uma caveira
estampada, bem como o boné e o relógio utilizados
durante o tiroteio.
O massacre de Suzano volta a levantar a questão e o
debate sobre a liberalização do uso e porte de arma no Brasil, que foi uma das
bandeiras de Jair Bolsonaro para atingir a presidência da República.
De acordo com a lei aprovada por Bolsonaro, qualquer
brasileiro maior de 25 anos e sem antecedentes criminais pode ter uma arma em
casa, não sendo necessário que o seu possuidor prove que dela necessite. Porém,
se não existem restrições importantes quanto à posse de arma, no que respeita ao porte de arma, que é a possibilidade de andar armado na via pública,
a lei é muito mais restritiva. O facto é que os dois estudantes de Suzano
tiveram acesso a armas e provocaram um massacre, o que obriga a que todo o
Brasil repense este problema e o resolva no sentido de uma sociedade equilibrada
e sem violência.