A primeira Guerra
Mundial terminou no dia 11 de Novembro de 1918, quando num vagão-restaurante na
floresta francesa de Compiègne, foi assinado o Armistício. Nunca o mundo tivera
um conflito tão doloroso em que houve dez milhões de mortos e vinte milhões de
feridos entre os militares que combateram nessa guerra.
No ano seguinte, os
Estados Unidos comemoraram o Dia do Armistício que, alguns anos depois, foi
transformado em feriado nacional e se tornou o Dia dos Veteranos, no qual se homenageiam todos os veteranos
americanos – vivos ou mortos – com especial agradecimento aos veteranos vivos
que serviram o país durante a guerra ou em tempo de paz. Assim, no dia 11 de
Novembro de cada ano, os Estados Unidos assinalam o Dia dos Veteranos,
recordando “as onze horas, do dia onze do mês onze” e, da mesma forma, também a
Grã-Bretanha, a França, a Austrália e o Canadá comemoram este dia, embora com
as suas próprias designações. O centro
das cerimónias americanas decorre sempre no Cemitério Nacional de Arlington, em
Washington, onde estão sepultados mais de 400.000 pessoas, a maioria das quais
serviram nas Forças Armadas, pelo que toda a imprensa americana de hoje destaca
esse acontecimento, nomeadamente a edição do Chicago Tribune.
Hoje os
Estados Unidos têm cerca de 19 milhões de Veteranos, dos quais 11% são
mulheres, sendo que 5,9 milhões serviram durante a guerra do Vietnam, 7,8
milhões na guerra do Golfo e cerca de um milhão na 2ª Guerra Mundial e na
guerra da Coreia. As cerimónias de 2021 assinalaram que era a primeira vez, nas
duas últimas décadas, em que os Estados Unidos não estão envolvidos em qualquer
guerra.
O que se salienta é a forma como alguns países prestam homenagem aos seus Veteranos, que é uma coisa ignorada pelas nossas autoridades e pela nossa sociedade civil, mesmo quando lhes atribuem um tal cartão de combatente com alguns pequenos direitos.