A Formula 1 é uma actividade desportiva
ligada à indústria automóvel, que beneficia de avultados investimentos
financeiros e publicitários, de uma grande cobertura mediática e de uma enorme
popularidade. É um mundo sui generis,
que anima as escuderias e as marcas, que desperta o fascínio e a adrenalina dos
muitos entusiastas que acompanham os Gran
Prix e o chamado circo da Fórmula 1,
nas suas deambulações pelas duas dezenas de locais onde se realizam as provas
do Campeonato Mundial organizado pela FIA.
A Formula 1 nasceu em 1950 e criou grandes
ídolos e muitas narrativas lendárias em torno de figuras como Juan Manuel
Fangio, Stirling Moss, Jim Clark, Jackie Stewart, Niki Lauda, Alain Prost,
Ayrton Senna ou Michael Schumacher, mas actualmente também tem campeões tão
famosos como Lewis Hamilton, talvez a maior figura de sempre da Formula 1, que já foi campeão do mundo
sete vezes e tem cem vitórias em Gran
Prix e 177 pódios. Porém, no corrente ano, quando faltam quatro provas para
terminar o campeonato, o favoritismo do campeonato vai para o holandês
Nessa prova, o mexicano Sérgio Perez que corre pela mesma equipa,
obteve o terceiro lugar e, porque “corria em casa” foi o delírio. Apesar de já
ter vencido dois Gran Prix – no Barém
(Bahrain) em 2020 e no Azerbaijão em 2021, estando actualmente no 4º lugar da
classificação do campeonato – a imprensa mexicana aplaudiu unanimemente o
terceiro lugar de Perez, como se o homem tivesse vencido a corrida ou até
tivesse chegado à Lua. Toda a imprensa mexicana, inclusive a imprensa
generalista em que se inclui o centenário diário Excelsior que se publica na Cidade
do México, destacou o resultado de Perez, em alguns casos com fotografias ocupando todo o espaço da primeira página. Parece um exagero mas, provavelmente, se um terceiro lugar daqueles acontecesse em Portugal
com um piloto português, a festa não seria diferente.