A notícia de que
Donald Trump e a sua mulher Melania estavam infectados por covid-19 não surpreendeu, embora possa não ser verdadeira. O
fanfarrão é um mentiroso incorrigível e tem desafiado o bom senso em palavras e
em comportamentos, não só quando sugeriu que se injectasse desinfectante para
tratar o covid-19, mas também quando
aparece em público sem máscara e critica jocosamente aqueles que a usam.
Durante meses, o Donald desvalorizou a gravidade da pandemia que já matou mais
de duzentas mil pessoas nos Estados Unidos e participou em comícios em que não
foi respeitado o uso de máscara, nem o distanciamento social. Nas últimas
semanas, em plena campanha eleitoral, tem dito que “a pandemia está próxima do
fim” e que uma vacina está mesmo a chegar. Os efeitos desta
notícia – que relata um facto verdadeiro ou não – são imprevisíveis. O mundo
comunicacional e a esfera mediática estão altamente contagiados por fake news e há muita gente a duvidar da
veracidade desta notícia. Hoje o New York Post e alguns outros
jornais noticiam a infecção do Donald mas, surpreendentemente, as edições de
hoje dos jornais The Washington Post,
The Wall Street Journal e The New York Times não a referem, o que
só pode significar que não acreditam ou que querem ter prova mais firme da sua
veracidade. Em plena campanha
eleitoral e a correr sérios riscos de não ser reeleito, este anúncio de Donald
Trump gera muita desconfiança e tem boas probabilidades de ser mais uma das suas
mentiras difundidas pela rede social Twitter. No entanto, há que esperar para
saber o que diz a imprensa americana nos próximos dias. Ou será que o Donald e a Melania estão a encenar esta infecção para depois serem curados pela vacina que ele prometeu que iria aparecer antes de 3 de Novembro?