sábado, 30 de julho de 2016

Cádiz em festa com os grandes veleiros

A grande festa náutica internacional que é a The Tall Ships Race 2016 tem estado em Cádiz, de onde sai amanhã à tarde em direcção ao porto galego da Corunha. A imprensa andaluza e gaditana têm dedicado grandes espaços informativos a este grande evento, numa cidade fundada pelos Fenícios e que reivindica ser “la gran cita de los veleros”.
A cidade tem aderido ao evento com entusiasmo, proporcionando um vasto programa cultural de acolhimento, onde se incluem visitas guiadas para os participantes, mas também concertos e provas desportivas. A população e os turistas que se encontram na cidade não têm perdido a oportunidade para ver os navios e a imprensa tem publicado muitas fotografias das multidões que os visitam. Na sua edição de hoje La voz de Cádiz destaca o evento e publica uma fotografia a seis colunas na sua primeira página dos veleiros atracados em Cádiz, o que lamentavelmente não fez qualquer jornal português quando recentemente a The Tall Ships Race 2016 passou por Lisboa.
Encontram-se em Cádiz cerca de quatro dezenas de veleiros e, entre eles, estão quatro veleiros portugueses, respectivamente o Creoula, o Zarco, o Polar e o Santa Maria Manuela, o que se traduz numa interessante participação nacional. Curiosamente, a imprensa tem destacado e lamentado a ausência do navio-escola espanhol Juan Sebastián de Elcano, não só porque é o símbolo da tradição vélica espanhola, mas também porque a sua base é exactamente na baía de Cadiz. Só que não se pode estar em dois lados ao mesmo tempo e o Elcano está a ser objecto de reparações.

Trump e Clinton: a campanha começou

No próximo dia 8 de Novembro vão realizar-se as eleições que escolherão o próximo Presidente dos Estados Unidos da América. Depois de vários meses em que se realizaram eleições primárias por todo o país e em que os diversos candidatos foram “ganhando delegados” ou desistindo, nas duas últimas semanas a situação ficou esclarecida. No dia 20 de Julho a convenção do Partido Republicano reunida em Cleveland escolheu Donald Trump, que aceitou a nomeação como candidato presidencial. Alguns dias depois, no dia 29 de Julho, a convenção do Partido Democrata reunida em Filadélfia escolheu Hillary Clinton, que aceitou a nomeação como candidata presidencial. Quer num caso, quer no outro, as nomeações constituiram um espectáculo mediático empolgante para quem neles participou e a imprensa americana tratou essas nomeações com grande destaque.
Agora a campanha vai começar. Apoiantes e adversários já começaram a movimentar-se com as suas máquinas de propaganda. Os dados estão lançados e a luta pelo voto popular vai ser intensa.
A eleição do Presidente dos Estadis Unidos é muito importante para o mundo e, em especial, para a Europa. Por isso, as nomeações de Trump e Clinton tiveram repercussões diferenciadas. Quanto a Donald Trump, temos assistido à sua ridicularização por se apresentar como um fanfarrão a roçar a ignorância, mas também pelas suas ideias que apontam para o regresso dos falcões e para o confronto do poder americano contra todos os que o desafiem. Já Hillary Clinton, que tem a seu favor o facto de ser a primeira mulher a disputar a presidência americana, usa a sua inteligência e a sua larga experiência política e diplomática para apresentar um discurso do agrado da classe média americana, mas também de uma Europa que receia a inexperiência de um milionário aventureiro a dirigir a nação mais poderosa do mundo.
O influente semanário francês Le Nouvel Observateur, tal como a generalidade dos europeus, não hesita na afirmação da sua simpatia por Hillary Clinton.