A expedição de
cinco navios comandada por Fernão de Magalhães, que tinha por objectivo a
descoberta do caminho para as Molucas navegando por ocidente, largou de
Sanlúcar de Barrameda no dia 20 de Setembro de 1519. No dia 27 de Abril de
1521, Magalhães foi morto em combate com os nativos na ilha de Mactan, no
arquipélago das Filipinas e, depois, coube ao navegador basco Juan Sebastián
Elcano a missão de conduzir a nau Victoria
até ao ponto de partida, utilizando a rota dos portugueses, isto é, pelo
cabo da Boa Esperança. Elcano chegou a Sanlúcar no dia 8 de Setembro de 1522 e
a bordo da Victoria iam apenas 18
homens dos cerca de 240 que tinham iniciado a viagem. Embora não fosse esse o
seu objectivo, o facto é que essa viagem
constituíu a primeira volta do mundo e, tanto Magalhães como Elcano, repartem
essa honra.
Elcano veio a
integrar a expedição de sete navios que largou da Corunha em 1525 sob o comando
de Garcia Jofre de Loayza para reclamar as Molucas para o Rei de Espanha, mas
veio a ser vítima do escorbuto quando a expedição já navegava no oceano
Pacífico.
Juan Sebastián
Elcano é, portanto, um dos grandes navegadores do século XVI e o navio-escola
da Marinha de Espanha tem exactamente o seu nome. Ontem o navio chegou ao porto
de Getaria, na província de Gipuzkoa, no País Basco, a fim participar nas
cerimónias comemorativas dos 500 anos da viagem em que o navegador basco
completou a volta ao mundo.
A visita do
navio-escola espanhol à localidade onde nasceu Elcano foi recebida com grande
entusiasmo e foi relatada por alguma imprensa nacional, que ilustrou as suas
primeiras páginas com a fotografia do navio. O jornal El Correo, que se publica
em Bilbau, foi original e escolheu o sugestivo título: Elcano vuelve a casa.