sábado, 9 de novembro de 2019

Celebrando a queda do muro de Berlim

Está hoje a comemorar-se, na Alemanha e em outros países, o 30º aniversário da queda do muro de Berlim, um acontecimento que, de forma simbólica, acelerou a reunificação alemã, bem como o fim do sovietismo e da guerra fria.
Depois da 2ª Guerra Mundial a Alemanha e a cidade de Berlim ficaram divididas em quatro sectores de ocupação - soviético, americano, francês e britânico – mas as relações entre as autoridades ocupantes, sobretudo soviéticas e ocidentais, foram geralmente tensas e daí resultaram duas moedas em circulação, dois ideais políticos e, por fim, duas Alemanhas. Em 1949, os três sectores ocidentais (americano, francês e britânico) passaram a constituir a República Federal Alemã (RFA) e o sector oriental (soviético) tornou-se na República Democrática Alemã (RDA). O ambiente político e o desenvolvimento económico das duas Alemanhas eram bem diferentes e, até 1961, calcula-se que quase 3 milhões de pessoas tivessem deixado a RDA em direcção à florescente RFA. Para contrariar esta realidade, em Agosto de 1961 as autoridades de Berlim Oriental decidiram iniciar a construção de um muro de cerca de 4 metros de altura que separava as duas partes da cidade de Berlim e, ao longo dele, uma avenida também conhecida por “faixa da morte”, dotada de sistemas de alarme e pela qual circulavam constantemente veículos policiais. O muro de Berlim tornou-se o ícone da das tensões Leste-Oeste e o símbolo da chamada Guerra Fria.
No dia 9 de Novembro de 1989, sob forte pressão popular, o governo da RDA afirmou que era permitida a passagem para o lado oeste da cidade e milhares de pessoas atravessaram para Berlim Ocidental. A destruição do muro começou então por iniciativa popular. Tinha durado 28 anos e, entre 1961 e 1989, mais de cinco mil pessoas tentaram atravessá-lo. Cerca de uma centena delas morreu quando procurava a liberdade.