Foi hoje
anunciado pela própria, que a partir da próxima 2ª feira a ex-ministra das Finanças vai ser administradora não-executiva da
Arrow Global, uma empresa inglesa especializada na angariação e recuperação de
dívida pública e privada. Depois de Gaspar e de Moedas, temos Madame
Albuquerque a safar-se em grande, enquanto o amigo Passos fica por cá a ver
navios e a dizer baboseiras.
A Arrow Global actua em Portugal desde há alguns anos e, entre
outros, fez vários e muito lucrativos negócios com o Banif, exactamente quando
Madame Albuquerque exerceu funções governativas relacionadas com a gestão de dívida
pública nacional e com a salvaguarda do sector financeiro
Quer dizer que a ex-ministra das Finanças vai ser administradora de
uma empresa que adquire activos detidos pelas empresas financeiras portuguesas, que especula
e que depois os vende com mais-valias exorbitantes. Há quem diga que Madame
Albuquerque vai trabalhar com um fundo "abutre", que lucra com a fragilidade do
sistema financeiro português e com os activos tóxicos que estão na posse do
Estado e que os contribuintes vão ter que pagar. Há também quem diga que esta fraqueza de Madame Albuquerque é uma
ilegalidade e uma incompatibilidade, um caso de falta de ética e de
promiscuidade, ou uma situação de escandalosa ganância pessoal. Há quem exija a
clarificação dos “negócios” da Arrow Global.
As coisas, de facto, não soam bem. Apesar de ter dito que não é incompatível ser deputada e ser administradora de uma empresa sedeada em Londres, há quem diga que é uma irresponsabilidade política e uma desonestidade pessoal que uma deputada portuguesa sentada na última fila do Parlamento, passe o tempo a tratar dos assuntos da britânica Arrow Global. Dizem que é falta de senso, mas Madame Albuquerque tem bom senso. Olá se tem! Então qual é o problema de passar a ter dois empregos que lhe dão bom dinheirinho, de ter passaporte diplomático e de ter imunidade parlamentar?
As coisas, de facto, não soam bem. Apesar de ter dito que não é incompatível ser deputada e ser administradora de uma empresa sedeada em Londres, há quem diga que é uma irresponsabilidade política e uma desonestidade pessoal que uma deputada portuguesa sentada na última fila do Parlamento, passe o tempo a tratar dos assuntos da britânica Arrow Global. Dizem que é falta de senso, mas Madame Albuquerque tem bom senso. Olá se tem! Então qual é o problema de passar a ter dois empregos que lhe dão bom dinheirinho, de ter passaporte diplomático e de ter imunidade parlamentar?