Estamos a trinta
e poucos dias das eleições presidenciais americanas e, na sua última edição, a
revista alemã Der Spiegel trata do show
down (confronto) entre Donald Trump e Joe Biden ou entre o schamios (desavergonhado) e o harmios (inofensivo). No dia 3 de
Novembro votam os chamados “pequenos eleitores” para escolher os delegados que
formarão o colégio eleitoral de 538 membros ou “grandes eleitores”. As últimas
sondagens nacionais continuam a ser favoráveis a Joe Biden com uma margem de cerca
de oito pontos percentuais, mas os dois candidatos estão tecnicamente empatados
nos principais swing states ou
estados decisivos, isto é, a Califórnia, o Texas, a Florida e Nova Iorque, pelo
que todos recordam que foi nesses estado que perderam Al Gore em 2000 e Hillary
Clinton em 2016, apesar de terem tido mais votos que os seus adversários no apuramento
global do país. Há apenas dois estados que são a excepção à filosofia de “quem
vence leva tudo”, que são o Maine e o Nebraska, em que os delegados eleitos
podem ser representantes de diferentes candidatos. Nas últimas
semanas, para além dos sucessivos insultos que dirige a Joe Biden, o Donald tem
sido confrontado com sérias acusações vindas da sua irmã que o considera
mentiroso e cruel e vindas de uma investigação do New York Times que verificou que ele não pagou impostos em dez dos
últimos quinze anos. Porém, todas as incertezas continuam presentes na corrida
presidencial americana, que tão importante é para o mundo.