Agora que estamos a atravessar águas muito turbulentas, todos falam de Economia e de Finanças Públicas. Enquanto uns começam por dizer que “eu não sou economista” mas opinam como se fossem, outros apresentam-se como “professores de Economia” e opinam com sapientes verdades universais.
Como se aproximam eleições, muitos deles falam por falar, repetem as suas cassetes partidárias e discutem o país como se fosse um jogo de futebol, apenas para fazer prova de vida e, eventualmente, para entrarem numa qualquer lista eleitoral.
Entretanto, o Jornal de Notícias informa que, segundo dados preliminares da execução orçamental, o conjunto da Administração Central e Segurança Social (Estado, Serviços e Fundos Autónomos e a Segurança Social) registou um saldo positivo de 432 milhões de euros no primeiro trimestre, quando, no mesmo período de 2010, se registou um défice de 1311 milhões de euros, significando que houve uma melhoria de cerca de 1750 milhões de euros.
O apuramento deste resultado foi feito, naturalmente, pela Direcção Geral do Orçamento, que é um departamento do Estado. Seria normal que todos se regozijassem por alguma coisa estar a correr bem e por este bom resultado conseguido, que derivou do aumento da receita e da diminuição da despesa, isto é, do sacrifício dos portugueses.
Porém, a pensar nas eleições, os partidos desconfiaram. Alguns economistas torceram o nariz, enquanto outros que deviam dar exemplos de moderação, se apressaram a chamar a este resultado uma mentira.
Era isto que faltava para arranjar um lugarzinho na Assembleia da República?
É caso para dizer que só me saem duques…