segunda-feira, 4 de julho de 2016

4th July: Independence Day of America

Hoje é o 4th July, o Dia da Independência dos Estados Unidos. É um feriado e o dia nacional dos Estados Unidos que celebra a Declaração de Independência de 1776, quando as treze colónias inglesas da América do Norte declararam a separação formal do Império Britânico. Essa declaração foi redigida por Thomas Jefferson e deu origem a uma guerra que muitos consideram ter sido a primeira guerra mundial.
O 4 de Julho é sempre muito festejado pelos americanos e a imprensa é o espelho dessa onda de entusiasmo nacional. Muitos são os jornais que apresentam a bandeira americana na sua primeira página, mas muitos são também os que preferem a fotografia da estátua da Liberdade e outros há que escolhem a imagem de George Washington para ilustrar as suas edições. O jornal The Orange County Register que se publica na cidade californiana de Santa Ana, situada próximo da fronteira mexicana e que é a sede do Condado de Orange, também celebra hoje o Independence Day, mas utiliza uma abordagem diferente e muito original. Assim, em vez da bandeira americana ou da estátua da Liberdade, o jornal utiliza as fotografias dos dois mais que prováveis candidatos presidenciais a nomear pelo Partido Democrático e pelo Partido Republicano, para ilustrar a sua primeira página. Uniformizados com as fardas da guerra da independência, o jornal apresenta Hillary Clinton e Donald Trump e, certamente, a edição teve boa procura.

Os grandes veleiros visitam Lisboa

O porto de Lisboa vai receber entre os dias 22 e 25 de Julho os participantes da The Tall Ships Races 2016, que este atracarão no Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia. Segundo revela a Sail Training Association (STA), a regata deste ano celebra a passagem do 60º aniversário da realização da primeira regata de grandes veleiros que foi disputada entre Torbay e Lisboa no ano de 1956 e que, na época, constituiu um acontecimento de impacto internacional. Desde então, a STA tem promovido verdadeiros festivais náuticos que, mais do que uma competição desportiva, são verdadeiras jornadas de convívio entre os marinheiros de muitos países e um elemento dinamizador da vida cultural dos portos visitados. Dessa forma se mantém vivas as tradições da navegação à vela e se promove o treino de mar e a prática da vela junto dos jovens de muitos países.
Este ano a regata sai de Antuérpia para Lisboa, seguindo depois para Cadiz e para a Corunha. É a oitava vez que Lisboa recebe os grandes veleiros e, para além dos diferentes eventos previsto para o recinto do Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia, o desfile náutico que se realiza no dia 25 de Julho, a partir das 15 horas, será um dos mais interessantes acontecimentos desta festa e um desafio para os amantes da fotografia. Portanto, os lisboetas e os muitos turistas que nos visitam, terão uma boa oportunidade para apreciar a descida do Tejo de muitas velas.

O novo-riquismo e a mania das grandezas

O homem que foi ministro das Finanças, Primeiro-Ministro e Presidente da República Portuguesa e que assistiu ou participou na construção de um castelo económico e financeiro que está agora a desabar, podia já ter sido esquecido, mas continua a andar por aí. Ele podia estar sossegadamente a recordar a sua infância de luta pela vida em Boliqueime ou a deslumbrar-se com as delícias do novo-riquismo na Quinta da Coelha, mas apareceu-lhe um sucessor no palácio de Belém que não lhe dá tréguas e que, pé ante pé, está a irradicá-lo da nossa memória e a revelar algumas surpreendentes facetas do cavaquismo made in Boliqueime.
São tantas as diferenças que não vale a pena enunciá-las, mas basta citar as justas homenagens prestadas pelo actual Presidente da República a Ramalho Eanes e a Salgueiro Maia para verificar como era avassaladora a mediocridade cultural da anterior Presidência.  
Porém, nos últimos dias, a notícia de que algo corria à margem da lei no Museu da Presidência da República deixou-me perplexo. Então, ali ao lado, nem ele nem os seus inúmeros assessores perceberam que alguma coisa não corria bem? Além disso, ainda foi capaz de atirar com uma condecoração ao peito do seu Director, na linha da atribuição de tantas condecorações sem critério. Noutra dimensão que define o provincianismo, o mau gosto e o despesismo próprios de um novo-rico, tratou de comprar um exuberante Mercedes Benz S500 Longo por 129 mil euros que se destinava ao seu sucessor, utilizando o dinheiro dos meus impostos e sem me ter pedido autorização. O Tribunal de Contas autorizou? Essa compra tinha cabimento orçamental ou resultou de uma habilidade contabilística? O mercado foi consultado ou foi uma compra de ajuste directo? Era conveniente saberem-se todos os porquês, porque o venerando devia dar o exemplo de parcimónia e não deu. Entretanto, o carro esteve cinco meses a desvalorizar-se e soube-se agora que o Presidente da República não o quis e que o carro foi entregue ao Primeiro-Ministro, mas Costa não devia ter ficado com ele. Porque não devolveram o carro ao vendedor, mesmo com uma desvalorização e não foi enviada a factura desse prejuízo a Aníbal Cavaco Silva? Se houve prejuízo para o Estado, o responsável por esta mania das grandezas deve pagar!