A Venezuela é
governada desde 2012 por Nicolás Maduro Moros, um homem de elevada estatura,
elevada arrogância e elevado autoritarismo. Começou por assumir a presidência
interina do país após a vitória eleitoral de Hugo Chávez, devido à grave doença
do presidente eleito que veio a falecer em março de 2013. No mês seguinte, Maduro conseguiu vencer as eleições presidenciais e tornar-se o 57º
presidente da República Bolivariana da Venezuela. Cinco anos depois Maduro foi
reeleito, embora o resultado das eleições de 2018 não tivesse sido reconhecido,
tanto pela oposição, como pela generalidade da comunidade internacional que,
desde então, o têm considerado um presidente ilegítimo e o consideram um
ditador.
O país vive
atrofiado pelo autoritarismo e pela repressão praticados pelo regime e, segundo
é regularmente noticiado nos media, a
Venezuela está em declínio socioeconómico, com aumento dos problemas políticos
e sociais, incluindo o aumento da pobreza, da inflação, da criminalidade e da
fome, mas também o crescimento descontrolado do narcotráfico. O ataque ao
narcotráfico foi o pretexto que levou Donald Trump a restaurar a Doutrina
Monroe, que tendo sido enunciada em 1823, tinha por lema “a América para os
americanos”. Assim, há uma escalada na tensão entre os Estados Unidos e a
Venezuela, estando a acontecer uma intensa movimentação militar americana para
aquela região, tendo Donald Trump já anunciado que vai haver “ataques
americanos contra alvos no interior da Venezuela”, o que é muito preocupante,
sobretudo para os venezuelanos.
Perante este
quadro, o jornal Diario 2001, que se publica em Caracas, dedica toda a manchete
da sua edição de hoje à jovem Clara Vegas Goetz, que foi eleita Miss Venezuela
em representação do estado de Miranda e que é “un orgullo para su mamá la
también Miss Venezuela 1990 Andreina Goetz”.
Clara estará em
Porto Rico no próximo ano e espera-se que seja “la octava corona universal para
Venezuela”.
Quando a situação venezuelana parece configurar uma
“tempestade perfeita” que ameaça desabar sobre o país, os venezuelanos e a sua
imprensa pensam nas misses…
