A questão das
tarifas decretadas pelo DT no quadro da sua política do MAGA para limitar ou
desencorajar as importações de produtos provenientes do Canadá e do México, da
Europa e da China, do Japão e do Brasil e da generalidade dos países, estão a
causar muitos embaraços às economias mundiais e a dar origem a medidas de
retaliação, enquanto se teme por uma quebra significativa no comércio
internacional, na produção interna e no emprego de muitos paises, bem como no
aparecimento de um surto inflacionista à escala global. Uma recessão mundial
está no horizonte, em muitos países já se sente a emergência económica e, no
caso de Portugal, que tem 4.231 empresas que exportam para os Estados Unidos, a
situação pode trazer grandes dificuldades à economia.
Uma das
características das modernas economias é a actividade accionista ou actividade
bolsista que se desenvolve através das Bolsas de Valores e por intermédio do
sistema bancário, permitindo que as grandes empresas se financiem e que o
público aplique as suas poupanças por forma a conseguir melhores rendimentos,
quer pelo recebimento de lucros e dividendos, quer pela valorização das acções
que tenha adquirido. No mercado bolsista compram-se e vendem-se acções, cujo
valor ou cotação depende de factores diversos da empresa e dos factores
envolventes e das expectativas.
As cotações da bolsa são actualmente um
importante indicador económico: quando sobem também a economia está em
crescimento e os agentes económicos estão confiantes; quando descem a economia cai
e não há confiança nos agentes económicos.
Hoje, a capa do
jornal financeiro francês La Tribune mostra a evolução das
bolsas mundiais e, perante a queda brutal que se verifica, ou “o caos semeado
por Donald Trump”, o jornal escolheu o título “panique sur les marchés”.
São,
realmente, tempos de muita incerteza.