segunda-feira, 29 de abril de 2024

A arte espanhola a deslumbrar a China

Na sua edição do último sábado o jornal Shanghai Daily destacou como manchete a exposição que está acontecer no Museum of Art Pudong da cidade de Shanghai, desde o dia 23 de abril e que se vai estender até ao dia 1 de setembro. Trata-se da maior exposição realizada na China pelo Museo Nacional del Prado e que tem por título Idades de Esplendor: Uma História da Espanha no Museu do Prado, na qual estão expostas setenta pinturas originais seleccionadas da coleção do Museu do Prado, metade das quais nunca foram vistas na Ásia, dezasseis que saem da Espanha pela primeira vez e nove que sairão do Museu do Prado pela primeira vez. O jornal escolheu como ilustração da sua capa a fotografia de “La Inmaculada Conceptión de Aranjuez”, um óleo de Bartolomé Esteban Murillo, de circa de 1675.
Na exposição estão representados cerca de cinquenta pintores de primeiro plano da arte europeia, que o público chinês vai poder apreciar, entre os quais Ticiano, Veronese, El Greco, Rubens, Velásquez, Goya, Murillo, Zurbarán, Ribera e outros, pelo que o jornal escreve em primeira página que a exposição da colecção vinda de Madrid é “uma festa para os olhos”.
A cxposição enquadra-se, naturalmente, numa aproximação cultural entre a Espanha e a China, sendo uma lição a aprender pela nossa diplomacia económica e cultural, se porventura estiver activa. Durante muitos anos falou-se de Macau como “porta giratória” para potenciar os interesses portugueses na China, mas são os espanhóis que marcam pontos sem precisarem de portas...

Cresce a contestação à violência israelita

A situação que se vive no Médio Oriente desde o dia 7 de outubro de 2023, de forma especial na Faixa de Gaza, continua a ser muito preocupante, porque não se enquadra no legítimo direito de defesa dos israelitas como resposta ao ataque que lhes foi feito pelo Hamas, mas configura-se como uma tentativa de genocídio do povo palestiniano.
Apesar do apelo internacional para contenção, os israelitas preparam-se para atacar Rafah e para destruir o que resta de Gaza, enquanto Benjamin Netanyahu se comporta cada vez mais como um tirano cruel que faz o que quer e que não escuta o seu próprio povo, nem a comunidade internacional, nem os seus aliados que, com grande hipocrisia, lhe continuam a fornecer armamento. Um pouco por todo o mundo tem havido grandes manifestações de repúdio pelos excessos israelitas e de solidariedade para com o povo palestiniano, que é uma entidade diferente do Hamas.
A condenação da violência israelita contra os palestinianos também chegou aos Estados Unidos e a vastos sectores da sociedade americana, incluindo os meios universitários. Assim aconteceu na Universidade de Harvard, localizada no estado de Massachusetts e próximo de Boston, que é a mais antiga universidade americana e uma das mais prestigiadas universidades do mundo. No passado sábado, alguns grupos de estudantes dirigiram-se para o átrio onde está a estátua de John Harvard, o fundador da universidade, tendo hasteado a bandeira palestiniana no local onde habitualmente está içada a bandeira americana. 
Na sua edição de hoje o jornal New York Post relata este incidente e informa que os serviços da universidade retiraram a bandeira da Palestina, mas destaca que “cenas semelhantes ocorreram em campus universitários em todos os Estados Unidos, incluindo a Universidade de Columbia em Nova Iorque e outras universidades”.