sábado, 19 de junho de 2021

Guterres é mesmo o melhor de todos nós

António Guterres foi reeleito por unanimidade para um novo mandato como Secretário-Geral das Nações Unidas e esse facto é relevante, não só porque significa que a comunidade mundial apreciou o seu primeiro mandato, mas também porque a unanimidade não parece ser a norma habitual daquela instituição.
Quando em 2016 foi eleito pela primeira vez para aquele cargo, de entre os elogios que recebeu de todos os sectores da sociedade portuguesa, destacou-se aquele que lhe fez Marcelo Rebelo de Sousa ao referir-se-lhe como “o melhor de todos nós”. Tinha razão, o que nem sempre acontece quando começa a dar opinião sobre tudo o que deve e que não deve. Cinco anos depois, Guterres continua a ser o português de que todos nos orgulhamos, pelo prestígio internacional que cimentou, pelo equilíbrio das suas atitudes e pela sensatez das suas posições.
Quando procuramos ilustrar este texto com a imagem de um jornal, verificamos que a imprensa internacional nem sequer deu notícia desta eleição, tal como a própria imprensa portuguesa, de que apenas o jornal Público fez uma pequena referência de primeira página, enquanto os futebolistas que hoje jogam em Munique mereceram todo o destaque. São os sinais dos tempos, em que somos anestesiados continuamente por aquilo que os mass media entendem ser importante, o que nos obriga a um enorme esforço para distinguir o trigo do joio.
Embora na pequenez que é a dimensão deste blogue aqui fica o nosso vivo aplauso pela reeleição de António Manuel de Oliveira Guterres como Secretário-Geral das Nações Unidas.