segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

As festas da chegada do novo ano de 2018

Os festejos alusivos à chegada de um novo ano realizam-se por todo o mundo e uma das suas expressões mais apreciadas é o fogo-de-artifício, que se tornou um espectáculo urbano que atrai multidões de residentes e é um cartaz turístico ao gosto dos visitantes, isto é, o fim do ano diverte e anima muita gente e dinamiza a economia das cidades.
A passagem do ano tornou-se uma grande indústria e as televisões não deixam de o mostrar quase sempre da mesma maneira e, este ano, não foi diferente. Começaram por mostrar os fogos-de-artifício exibidos em Auckland e, depois, o habitual espectáculo de Sydney à vista da Sydney Opera House e da Sydney Harbour Bridge. Algumas horas depois os canais televisivos destacaram as imagens da passagem do ano no Dubai, em Moscovo, Atenas, Berlim, Barcelona, Paris e em Londres, até que chegou a hora de nos oferecerem as imagens do fogo-de-artifício na baía do Funchal, no Porto e em Lisboa.
Esta manhã a imprensa internacional destacou nas suas primeiras páginas algumas imagens dos festejos, sobretudo em Sydney e no Dubai. Porém, a imprensa brasileira escolheu expressivas imagens da passagem do ano no Rio de Janeiro, em que se destaca o Cristo Redentor iluminado no Morro do Corcovado. Segundo o jornal O Globo, a praia da Copacabana teve a maior enchente da história da cidade com quase 3 milhões de cariocas e turistas a assistir à queima dos fogos, que durou 17 minutos e que foi a maior alguma vez acontecida na cidade. Apesar dos poucos casos de violência que se verificaram, a multidão pediu mais segurança, mais emprego e o fim da corrupção, que foram reivindicações que o jornal O Globo tratou com o título "reconstrução".

António Guterres ou o homem incomum

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, dirigiu ontem uma mensagem ao mundo, tendo afirmado que durante o ano de 2017 “os conflitos se aprofundaram e emergiram novos perigos, enquanto a ansiedade global relacionada com as armas nucleares atingiu o seu pico desde a guerra fria”. Além disso, acrescentou que as alterações climáticas estão a avançar mais rapidamente do que os esforços para as enfrentar, que as desigualdades se acentuaram, que persistem graves violações dos direitos humanos e que estão a aumentar os nacionalismos e a xenofobia.
Apelou depois à união de todos para tornar o mundo mais seguro e para solucionar os conflitos e lançou um apelo e um desafio aos líderes de todo o mundo para que assumam um compromisso, dizendo: “estreitem laços, lancem pontes, reconstruam a confiança, reunindo as pessoas em torno de objetivos comuns”.
A mensagem de António Guterres é um alerta para a Humanidade e, tendo sido dita em português, constituiu um motivo de grande satisfação para a Lusofonia.
Após um ano de mandato, António Guterres tem justificado a confiança do Conselho de Segurança das Nações Unidas e tem-se afirmado como o homem certo para o lugar para que foi eleito. Quando em Maio de 2016 recebeu em Coimbra o título de doutor honoris causa, o aplauso veio de todos os quadrantes e o Presidente da República não lhe poupou elogios: "Já disse várias vezes que o engenheiro António Guterres é a figura mais brilhante da minha geração" e "considero que ele foi, porventura, o primeiro-ministro mais amado de Portugal". Um homem destes é um fenómeno raro e, por isso, muito há ainda a esperar do seu desempenho como secretário-geral das Nações Unidas.