O jornal i já tinha dado a notícia, mas a edição de hoje do Correio da Manhã confirmou-a e até publicou algumas fotografias relativas ao acontecimento: o Hotel Copacabana Palace, localizado em frente da famosa praia de Copacabana no Rio de Janeiro, hospedou durante os festejos da passagem do ano três conhecidas figuras políticas portuguesas que ocupam ou ocuparam importantes lugares no governo. O hotel é mundialmente conhecido por hospedar as maiores celebridades internacionais que visitam a cidade-maravilhosa e, também, por promover a realização de alguns dos mais procurados eventos sociais do Brasil. É um famoso centro de negócios e das mais diversas negociatas, incluindo o famigerado “mensalão”.
Numa época em que insistentemente nos é dito que “temos vivido acima das nossas possibilidades”, que “temos que consumir o que é português” e que “temos que aumentar a poupança”, o exemplo que nos foi dado por esses três políticos – Relvas, Loureiro e Arnaut – é escandaloso, imoral e obsceno. Envergonha-nos. Eles não são umas quaisquer figuras. São antigos secretários-gerais do PSD. Foi o partido que os tirou da vida remediada e lhes abriu as portas da fortuna. Foram ou são ministros, mas são uns novos-ricos. Foram exibir e esbanjar muito dinheiro para o Brasil, numa altura em que muita gente passa por grandes sacrifícios em Portugal. Relvas (ministro) é o tal que se licenciou sem ter estudado e é um dos rostos do governo que nos está a mergulhar na "espiral recessiva" e a comprometer o futuro; Loureiro (ex-ministro) é um dos rostos da fraudulenta gestão do BPN que nos está a custar alguns milhares de milhões de euros; Arnaut (ex-ministro) é o rosto da sociedade de advogados que presta serviços de duvidosa transparência relativos às privatizações. É um trio que envergonha a classe política e o próprio partido que os criou. Nada os distingue dos canalhas e dos trafulhas.