segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A retoma ou um entusiasmo de Verão?

Nas últimas semanas foram anunciados alguns indicadores económicos relativos a Portugal – produto, desemprego e exportações – que, embora sejam animadores, podem gerar algum sentimento de exagerado optimismo. Até o diário luxemburguês Le Quotidien destacou essa notícia!
De acordo com os mais recentes dados estatísticos, o produto cresceu 1,1% no segundo trimestre de 2013, face ao trimestre anterior, interrompendo uma série de dez trimestres consecutivos em recessão e Portugal foi o país que maior subida registou no PIB, entre os 23 países que disponibilizam dados ao Eurostat. No entanto, em termos homólogos, o PIB continua a cair e a quebra verificada neste segundo trimestre do ano foi de 2% face ao segundo trimestre do ano passado. O desemprego desceu em Julho, pelo terceiro mês consecutivo, situando-se a taxa de desemprego nos 16,4%, o que significa que desceu 1,3 pontos percentuais abaixo do trimestre anterior em que se situou nos 17,7%, mas que continua com mais 1,4 pontos percentuais do que no mesmo período de 2012. As exportações aumentaram 6,3% e as importações apenas cresceram 2,1% no segundo trimestre, face ao mesmo período de 2012, permitindo uma redução do défice da balança comercial em 424,2 milhões de euros. O sentimento dos investidores em relação à zona euro regressou a terreno positivo pela primeira vez em dois anos Indicador da OCDE para a economia portuguesa renovou em Julho expectativa de retomaIndicador da OCDE para a economia portuguesa renovou em Julho expectativa de retomae o indicador da OCDE para a economia portuguesa renovou em Julho a expectativa de retoma. Tudo parece correr bem, mas é prematuro “lançar foguetes”. Podem ser efeitos sazonais não sustentados, pois continua a não haver sinais de investimento e os juros a 10 anos voltaram a superar a barreira psicológica dos 7%, algo que já não acontecia desde a crise política de Julho. Assim, ninguém pode realmente estar seguro de que a retoma está aí.

Moçambique valoriza o seu património

A Ilha de Moçambique é um dos mais simbólicos locais da expansão portuguesa e um dos mais notáveis exemplos do encontro de culturas e de harmonia religiosa, onde cohabitam macuas, europeus, árabes, indianos e swahilis. Com 3 Km de comprimento e cerca de 400 metros de largura, a cidade alberga cerca de 15 mil habitantes e um rico património arquitectónico, onde se destaca a fortaleza de São Sebastião, para além das igrejas, dos palácios e de outros edifícios públicos do tempo em que a cidade foi a capital de Moçambique. Em 1991 a Ilha de Moçambique foi justamente integrada na World Heritage List da UNESCO, sendo o único bem (material ou imaterial) moçambicano que, até agora, foi declarado como Património da Humanidade.
Desde 2007 que, de entre uma lista com cerca de uma centena de bens candidatos a ser classificados pela UNESCO, o governo de Moçambique escolheu a Ilha do Ibo e o Arquipélago das Quirimbas no distrito de Cabo Delgado, as pinturas rupestres de Chinhamapere no distrito de Manica e, ainda, as danças Xigubo, Tufu e Mapiko, como bens candidatos a Património Mundial da Humanidade.
Agora, a edição moçambicana do jornal Sol recupera essa notícia e informa que estão em curso as candidaturas da Ilha do Ibo e do Arquipélago das Quirimbas. É o norte de Moçambique no seu melhor e só se espera que o processo seja rápido e bem sucedido.