As embaixadas portuguesas têm mais de 100 conselheiros e adidos técnicos nomeados politicamente. Ganham salários milionários, são equiparados a diplomatas e estão concentrados em capitais como Madrid, Washington, Londres ou Bruxelas. Aqui, no centro político da Europa, atropelam-se. São os boys e as girls do Centrão & Companhia.
Frequentemente, os cargos não se justificam e o processo de selecção e nomeação deste pessoal caracteriza-se por uma absoluta falta de transparência. Os responsáveis justificam estas nomeações através do critério da confiança política e, por isso, aos nomeados não é exigível qualidade, formação adequada ou sequer a noção do que é o serviço do Estado. E lá vão. Às vezes até cumprem. Além do salário-base tributável, recebem subsídio de representação, subsídio de habitação e outros abonos mensais por cônjuge e filhos. São entre 10 a 15 mil euros mensais. Bem bom!
Alguns deles são conhecidos e saberão do seu ofício, como Carneiro Jacinto, Maria Elisa ou Carlos Fino, mas há muitas dezenas deles que são apenas filhos, primos ou afilhados de alguém. São clientelismos mais discretos do que aqueles que temos intra-muros, mas que são verdadeiros tachos dourados. Assim, não vamos longe, porque estes abutres não deixam.
domingo, 6 de março de 2011
209 mil euros a voar!
A edição de hoje do Público destaca uma notícia na capa com o título: “Estado paga 209 mil euros a grupo de trabalho que só fez uma reunião”.
Este grupo foi criado para fazer um levantamento exaustivo do património cultural imaterial português e era constituído por 5 pessoas, supostamente muito competentes na matéria.
O grupo foi agora extinto e, na sua efémera existência de menos de 14 meses, custou 209 mil euros ao erário público, que resultaram, por exemplo, do pagamento aos seus membros de uma remuneração mensal de 2613 euros, paga 14 vezes por ano.
O Ministério da Cultura justifica a extinção do grupo por razões de improdutividade dos membros do grupo, mas estes acusam o Instituto dos Museus e Conservação por não lhes ter proporcionado as condições indispensáveis ao funcionamento do grupo. É o costume: tudo a sacudir a água do capote e sem que sejam apuradas responsabilidades.
E lá se foram mais 209 mil euros dos nossos impostos!
Este grupo foi criado para fazer um levantamento exaustivo do património cultural imaterial português e era constituído por 5 pessoas, supostamente muito competentes na matéria.
O grupo foi agora extinto e, na sua efémera existência de menos de 14 meses, custou 209 mil euros ao erário público, que resultaram, por exemplo, do pagamento aos seus membros de uma remuneração mensal de 2613 euros, paga 14 vezes por ano.
O Ministério da Cultura justifica a extinção do grupo por razões de improdutividade dos membros do grupo, mas estes acusam o Instituto dos Museus e Conservação por não lhes ter proporcionado as condições indispensáveis ao funcionamento do grupo. É o costume: tudo a sacudir a água do capote e sem que sejam apuradas responsabilidades.
E lá se foram mais 209 mil euros dos nossos impostos!
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