segunda-feira, 8 de agosto de 2022

O novo caminho do povo da Colômbia

A Colômbia é uma república da América do Sul que faz fronteira com a Venezuela, o Brasil, o Equador e o Peru, sendo banhada a ocidente pelo oceano Pacífico e a oriente pelo oceano Atlântico. Resultou da independência do Vice-Reino de Nova Granada que se separou da Espanha em 1819 e depois se fragmentou, dando origem a vários países, entre os quais a República da Colômbia. Hoje tem cerca de 50 milhões de habitantes, sendo por isso o país mais populoso da América do Sul, depois do Brasil.
Na sua história mais recente a Colômbia esteve confrontada com a acção das FARC, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, uma organização paramilitar de inspiração marxista-leninista criada em 1964 que desenvolveu uma luta de guerrilhas contra o governo colombiano. Nessa luta estiveram envolvidos interesses ideológicos, muitas vezes capturados pelo chamado narco-latifundismo, daí resultando cerca de 262 mil mortos, sobretudo civis.
Depois de cerca de 50 anos de guerra e em consequência dos esforços do presidente Juan Manuel Santos, as FARC anunciaram em 2016 o cessar-fogo e o abandono da luta armada e, em Junho de 2017, o braço armado das FARC entregou as suas armas às Nações Unidas.
Depois de ter ganho as recentes eleições presidenciais, tomou posse ontem como presidente da República da Colômbia o economista Gustavo Francisco Petro, um antigo guerrilheiro das FARC, que fundou o movimento Colombia Humana e, com ele e como sua vice-presidente, também foi empossada Francia Márquez, uma activista afro-colombiana. No podemos fallar foi a frase escolhida pelo jornal colombiano El Espectador para anunciar a tomada de posse do novo presidente colombiano, cuja missão é muito complexa e está a gerar a atenção de todo o continente americano.