O Festival ao Largo 2011, que pela terceira vez se realiza em Lisboa no Largo de São Carlos, transforma aquele emblemático espaço público num palco de excelência ao ar livre, com 19 espectáculos de música sinfónica, coral e de dança, entre 30 de Junho e 31 de Julho.
Todos os espectáculos têm uma elevada qualidade artística e são apoiados pelo Turismo de Portugal e por outros patrocinadores, sendo a entrada gratuita.
No entanto, o espaço frontal ao palco acolhe apenas uns centos de lugares sentados, pelo que os espaços laterais, as escadarias próximas e as ruas que confluem no Largo de São Carlos ficam a transbordar de público que não consegue lugar sentado.
Ontem, realizou-se o 13º espectáculo em que actuou o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e o agrado pela feliz actuação do Coro foi geral.
O Festival ao Largo está mais uma vez a cumprir os seus objectivos de fazer chegar a música erudita a todos, sem qualquer obstáculo a não ser... a falta de uma cadeira onde se possa desfrutar plena e comodamente do espectáculo. Além disso, o festival enriquece o ambiente cultural do Chiado que, nesta época, atrai muitos turistas.
Entretanto, o Festival ao Largo prossegue com espectáculos a apresentar pela Orquestra Sinfónica Portuguesa (22 e 23 de Julho) e pela Companhia Nacional de Bailado (27, 28, 30 e 31 de Julho), sempre às 22.00 horas.
Eu recomendo uma ida ao Largo de São Carlos, mas também recomendo que se vá muito cedo para disputar uma cadeira.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
O Festival ao Largo 2011
Tsunami ou efeito das marés vivas?
Realiza-se amanhã um encontro de chefes de Estado e de Governo dos 17 países da moeda única para decidir sobre um segundo pacote de ajuda que evite a bancarrota da Grécia, debater a crise geral das dívidas soberanas e travar a ameaça de contágio à Espanha e à Itália.
Hoje, Merkel e Sarkozy jantam em Berlim para preparar essa cimeira, comportando-se como se tivessem um mandato para governar a Europa. A chanceler alemã tem baixado as expectativas em relação à cimeira e tem defendido que a solução dos problemas da zona euro deverá vir "de dentro" de cada país, através da redução das suas dívidas e do aumento da sua competitividade.
Porém, para além disso, também é urgente travar os riscos de contágio que ameaçam fazer ruir o euro e ter amplas implicações na economia mundial, pelo que o FMI já pediu rápidas soluções aos governos europeus.
Entretanto, a perturbação acentua-se sem soluções à vista para a crise grega, com os juros a dois anos a dispararem para perto da barreira inimaginável dos 40% e com a tensão social a agravar-se.
Em Espanha e na Itália instalam-se muitas dúvidas, como se o efeito dominó fosse inevitável, com os juros a disparar nas suas emissões de dívida e a haver jornais a anunciar que ambos os países estão à beira do colapso.
O governo português, que agora completa o seu primeiro mês de actividade, continua apostado no cumprimento do acordo firmado com as instituições internacionais, embora vá deixando no ar a ideia de um desvio [... ...] colossal, o que é muito estranho depois do detalhado escrutínio que foi feito nos últimos meses às contas nacionais por aquelas instituições.
Mas a situação é realmente muito complexa e poderemos estar à beira do caos financeiro europeu e, quem sabe, do fim do sonho de Jean Monnet, Konrad Adenauer e Robert Schuman.
Há quem afirme que “a sobrevivência do euro pode ser decidida esta semana”, Barroso afirma que "a situação é muito grave" e até há um eurodeputado português que vai mais longe e diz: “não pensem que o cenário de guerra na Europa está posto de lado”.
Estamos confrontados com um demolidor tsunami ou esta ondulação mais agitada é apenas o efeito de prematuras marés vivas equinociais?
Hoje, Merkel e Sarkozy jantam em Berlim para preparar essa cimeira, comportando-se como se tivessem um mandato para governar a Europa. A chanceler alemã tem baixado as expectativas em relação à cimeira e tem defendido que a solução dos problemas da zona euro deverá vir "de dentro" de cada país, através da redução das suas dívidas e do aumento da sua competitividade.
Porém, para além disso, também é urgente travar os riscos de contágio que ameaçam fazer ruir o euro e ter amplas implicações na economia mundial, pelo que o FMI já pediu rápidas soluções aos governos europeus.
Entretanto, a perturbação acentua-se sem soluções à vista para a crise grega, com os juros a dois anos a dispararem para perto da barreira inimaginável dos 40% e com a tensão social a agravar-se.
Em Espanha e na Itália instalam-se muitas dúvidas, como se o efeito dominó fosse inevitável, com os juros a disparar nas suas emissões de dívida e a haver jornais a anunciar que ambos os países estão à beira do colapso.
O governo português, que agora completa o seu primeiro mês de actividade, continua apostado no cumprimento do acordo firmado com as instituições internacionais, embora vá deixando no ar a ideia de um desvio [... ...] colossal, o que é muito estranho depois do detalhado escrutínio que foi feito nos últimos meses às contas nacionais por aquelas instituições.
Mas a situação é realmente muito complexa e poderemos estar à beira do caos financeiro europeu e, quem sabe, do fim do sonho de Jean Monnet, Konrad Adenauer e Robert Schuman.
Há quem afirme que “a sobrevivência do euro pode ser decidida esta semana”, Barroso afirma que "a situação é muito grave" e até há um eurodeputado português que vai mais longe e diz: “não pensem que o cenário de guerra na Europa está posto de lado”.
Estamos confrontados com um demolidor tsunami ou esta ondulação mais agitada é apenas o efeito de prematuras marés vivas equinociais?
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