terça-feira, 2 de junho de 2020

O protesto chegou às cidades americanas

Muitas cidades americanas estão a passar por uma inesperada turbulência com dezenas de cidades a assistirem a manifestações pacíficas de protesto contra a violência policial e o racismo, mas também com tumultos e manifestações violentas, bloqueios de estradas, ataques a carros e esquadras da polícia, destruição de mobiliário urbano e assaltos e pilhagens a lojas nos centros das cidades. A morte de George Floyd agitou a América e gerou o protesto. Em muitas cidades foi decretado o recolher obrigatório e alguns governadores estaduais pediram a intervenção da guarda nacional, enquanto já terá havido mais de 1.400 pessoas detidas.
A situação desenvolve-se num contexto social muito preocupante devido ao desemprego que já se instalou na sociedade americana e, perante este quadro, o presidente Donald tem-se desdobrado em declarações agressivas, em insultos aos governadores estaduais e tem ameaçado com a intervenção das Forças Armadas.
As manifestações chegaram às portas da Casa Branca, uma coisa que não se via desde a guerra do Vietnam. O Donald assustou-se e refugiou-se no bunker que, supostamente, deveria abrigar o presidente em caso de ataque nuclear. Centenas de manifestantes gritaram em frente da Casa Branca em homenagem a George Floyd e gritaram palavras de ordem contra Trump, mas ele ameaçou-os com “os cães mais cruéis e as armas mais ameaçadoras que eu já vi”. A indignação e o protesto chegaram a todo o mundo e, nas suas edições de hoje, dezenas de jornais de toda a Europa, noticiam a grave crise por que passam os Estados Unidos e publicam a mesma fotografia dos manifestantes em frente Casa Branca, mas nenhum jornal português publicou essa fotografia, o que mostra que a imprensa portuguesa absolutamente desalinhada com a imprensa europeia.