terça-feira, 8 de junho de 2021

Perder no futebol não é drama nenhum

A selecção nacional de futebol participou no passado domingo na final da UEFA European Under-21 Championship e, se tivesse ganho, esse facto seria certamente aqui salientado. Porém, foi a equipa alemã que ganhou por 1-0, mas o comportamento dos jovens futebolistas portugueses merece ser salientado porque são talentosos, lutaram com entusiasmo e deles se poderá dizer que aquilo é que é jogar futebol.
Na fase preliminar ultrapassaram a Holanda, a Noruega, a Bielorússia, o Chipre e Gibraltar e, na fase final, derrotaram a Croácia, a Suiça e a Inglaterra. Depois veio a Itália e a seguir a Espanha. Portugal ganhou o direito a estar na final e bateu-se muito bem, mas não conseguiu vencer a poderosa Alemanha. Foi a terceira vez que a selecção portuguesa perdeu uma final destas, depois de já ter perdido essa mesma final em 1994 para a Itália e em 2015 para a Suécia. O jornal O Jogo chamou a estas três derrotas a dramática trilogia, mas não é caso para considerar que estas derrotas sejam dramáticas. De forma nenhuma. Até aconteceu que a UEFA escolheu um português como o melhor jogador do campeonato (Fábio Vieira), um golo português - por acaso em pontapé de bicicleta - como o melhor do campeonato (Dany Mota) e colocou cinco portugueses na equipa europeia ideal do torneio (Diogo Costa, Diogo Queirós, Fábio Vieira, Vitinha e Dany Mota). Já lá vai o tempo em que perdíamos sempre e que só tínhamos vitórias morais. Agora é bem diferente e até ganhamos algumas vezes, como aconteceu em Paris em 2016 quando o improvável Éder marcou um golo à França, mas não é drama nenhum quando se perde uma final futebolística. É apenas triste.