Todos os jornais
gregos destacam nas suas edições de hoje a calamidade que está a afectar os
arredores de Atenas, onde um incêndio florestal gigantesco ou a conjugação de
vários incêndios florestais, já provocaram 74 mortos e 187 feridos.
As descrições do
que está a acontecer desde ontem são impressionantes e têm a marca de uma
tragédia, apontando-se como causas principais as altas temperaturas, os ventos desencontrados
e o deficiente ordenamento florestal da região. Uma vila já terá sido
totalmente devorada pelas chamas, que destruiram casas, queimaram viaturas e
obrigaram a muitas evacuações de pessoas, sobretudo para as praias do litoral.
As autoridades gregas pediram ajuda à União Europeia e Chipre,
Espanha, Alemanha, Itália, Polónia, França e Portugal já acederam aos pedidos
de ajuda da Grécia.
Tal
como ainda está a acontecer na Suécia, onde as temperaturas não baixam e há
vários incêndios a lavrar sem controlo, a solidariedade internacional é
essencial para ultrapassar estas situações imprevistas que se transformam em
tragédias.
Portugal
deu uma resposta pronta no auxílio solidário a estes países, até porque conhece
bem a dimensão humana destas tragédias. O que aqui se lamenta, uma vez mais,
foi o degradante espectáculo que alguns agentes políticos portugueses exibiram
em 2017, procurando retirar efeitos políticos da tragédia. Foi uma vergonha.
Naturalmente que, nem na Suécia nem na Grécia, haverá gente com comportamentos
tão censuráveis como os que recordamos do ano passado em Portugal.