quarta-feira, 22 de março de 2017

Dijsselbloem ou a imbecilidade perfeita

Apesar do seu partido ter sofrido uma derrota muito pesada nas eleições holandesas, Jeroen Dijsselbloem é ainda o Ministro das Finanças da Holanda e o Presidente do Eurogrupo. Este indivíduo que devia manter uma compostura de coesão e de unidade entre todos os membros do Eurogrupo, resolveu dar uma entrevista a um jornal alemão e tratou de acusar os países do sul da Europa de gastarem dinheiro “em copos e mulheres” e depois “pedirem que os ajudem”. Estas declarações foram consideradas xenófobas, sexistas, racistas, insensatas, infelizes, inaceitáveis e vieram perturbar meia Europa numa altura em que não eram precisas mais preocupações para além daquelas que já existem.
Através do seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, o governo português criticou severamente o pateta Dijsselbloem e considerou que o fulano “não tem nenhumas condições para permanecer à frente do Eurogrupo". Pouco depois foi o Primeiro-Ministro a criticar duramente o imbecil do Dijsselbloem, dizendo que “numa Europa a sério, a esta hora Dijsselbloem já estava demitido” e acrescentando que “a Europa não se faz com Dijsselbloem’s”. Seguiu-se o Presidente da República que reafirmou a posição do governo.
Alguns jornais portugueses e espanhóis trouxeram a fotografia desse aborto que é o Dijsselbloem para as suas primeiras páginas, caso do Público, enquanto a Assembleia da República se associou por unanimidade contra as declarações preconceituosas deste verdadeiro jumento de 50 anos de idade, cuja cara de parvo não engana ninguém, excepto o senhor Schäuble.
Para quem não se lembre, este Jeroen Dijsselbloem é o arrogante indivíduo que chegou a presidente do Eurogrupo com um currículo falso, pois referiu possuir um Mestrado em Economia Empresarial tirado na University of Cork, que nunca existiu naquela universidade. Dijsselbloem é, portanto, um trafulha e um imbecil. Vê-se na cara. Fora com o Dijsselbloem!

Lisboa, a cidade global que se apresenta

O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) está a exibir A Cidade Global, uma exposição sobre a  cidade de Lisboa no século XVI, quando a Rua Nova dos Mercadores era a maior praça financeira e o maior mercado de produtos exóticos da Europa. A exposição apresenta-se em torno de dois quadros descobertos em 2009 que representam essa famosa rua lisboeta. Nesses quadros, cuja autenticidade tem estado envolta em alguma polémica, está representada uma parte da vida da cidade, através de mercadores, saltimbancos, cavaleiros, jóias, sedas, especiarias, animais exóticos e outros objectos importados de África, do Brasil e da Ásia. É uma figuração quase única e que, como poucas, simboliza a vida da cidade na época dos descobrimentos.
O objetivo da exposição é exactamente a reconstituição do coração da cidade mais global da Europa do Renascimento e conta com 249 peças pertencentes a 77 emprestadores, muitas delas pouco conhecidas. A Cidade Global apresenta-se dividida por seis salas temáticas, nela se destacando aquela em que são apresentadas as novidades e o conhecimento científico do tempo, através da exposição de manuscritos, livros, mapas e outros objectos que simbolizam a grande aventura dos descobrimentos ou da expansão marítima portuguesa. Porém, as interacções culturais e a arte resultante do contacto com novas terras e novas gentes também estão devidamente representadas na exposição que é servida por um excelente catálogo.
Deve ser salientado que a cidade de Lisboa apresentou nas últimas semanas ou ainda apresenta duas outras grandes exposições sobre Amadeu de Sousa-Cardoso (MNAC) e sobre Almada Negreiros (FCG), o que parece significar um invulgar cosmopolitismo cultural contemporâneo, digno da herança da cidade global do século XVI.  
A exposição termina no dia 9 de Abril e, por isso, nenhum lisboeta deve deixar de agendar uma visita, pois é uma boa oportunidade para ver uma grande e invulgar exposição sobre um período tão rico da história portuguesa.