sábado, 12 de agosto de 2023

As eleições americanas e o apoio à Ucrânia

A guerra na Ucrânia dura há cerca de 18 meses e muita gente continua sem perceber como ainda não foi possível calar as armas e parar tanta morte, tanta destruição e tanta desgraça. Embora saibamos pouco sobre o que realmente se passa no terreno, vamos vendo como algumas personalidades que estiveram tão activas se calaram nos últimos tempos, como é o caso de Jens Stoltenberg, Ursula von der Leyen ou Josep Borrell. Da mesma forma, também os Macron, os Sunak e os Schulz têm estado calados, certamente porque a factura a pagar está a ser demasiado cara e os seus eleitores já não estão a gostar nada disso.
Nesse quadro, a última edição da revista Newsweek lançou o tema do envolvimento americano na guerra na Ucrânia e veio revelar que já se tornou o assunto central da campanha para as eleições presidenciais americanas de 2024. O actual presidente Joe Biden afirmou repetidamente que apoiará a Ucrânia “pelo tempo que for necessário”, enquanto o ex-presidente Donald Trump, seu provável adversário na corrida presidencial, tem afirmado que, logo que regresse à Casa Branca, acabará com a guerra “em 24 horas”. A divisão quanto ao envolvimento americano na Ucrânia e quanto ao papel dos Estados Unidos na liderança do mundo mostram diferentes posições de Biden e Trump, mas também dos campos republicano e democrata. Para uns “Biden não se pode dar ao luxo de deixar que os ucranianos percam esta guerra ou que a autocracia vença a democracia”, mas para outros o custo desta guerra está a ser insuportável e lembram os custos das guerras no Iraque e no Afeganistão.
A reportagem da Newsweek mostra a encruzilhada que divide os Estados Unidos, explora as diferentes posições americanas sobre a guerra e antevê o papel dos Estados Unidos no mundo nos próximos anos e, em última análise, também mostra como as eleições americanas podem determinar quem vencerá a guerra na Ucrânia.