A guerra na
Ucrânia dura há cerca de 18 meses e muita gente continua sem perceber como
ainda não foi possível calar as armas e parar tanta morte, tanta destruição e
tanta desgraça. Embora saibamos pouco sobre o que realmente se passa no terreno,
vamos vendo como algumas personalidades que estiveram tão activas se calaram
nos últimos tempos, como é o caso de Jens Stoltenberg, Ursula von der Leyen ou
Josep Borrell. Da mesma forma, também os Macron, os Sunak e os Schulz têm
estado calados, certamente porque a factura a pagar está a ser demasiado cara e
os seus eleitores já não estão a gostar nada disso.
Nesse quadro, a última
edição da revista Newsweek lançou o tema do envolvimento americano na guerra na
Ucrânia e veio revelar que já se tornou o assunto central da campanha para as
eleições presidenciais americanas de 2024. O actual presidente Joe Biden
afirmou repetidamente que apoiará a Ucrânia “pelo tempo que for necessário”,
enquanto o ex-presidente Donald Trump, seu provável adversário na corrida
presidencial, tem afirmado que, logo que regresse à Casa Branca, acabará com a
guerra “em 24 horas”. A divisão quanto ao envolvimento americano na Ucrânia e quanto
ao papel dos Estados Unidos na liderança do mundo mostram diferentes posições
de Biden e Trump, mas também dos campos republicano e democrata. Para uns “Biden
não se pode dar ao luxo de deixar que os ucranianos percam esta guerra ou que a
autocracia vença a democracia”, mas para outros o custo desta guerra está a ser
insuportável e lembram os custos das guerras no Iraque e no Afeganistão.
A reportagem da
Newsweek mostra a encruzilhada que divide os Estados Unidos, explora as diferentes posições americanas sobre a guerra e antevê
o papel dos Estados Unidos no mundo nos próximos anos e, em última análise, também
mostra como as eleições americanas podem determinar quem vencerá a guerra na
Ucrânia.