Diz a
edição de hoje do Daily News que os Estados Unidos bombardearam o Irão e se
juntaram a Israel, dando ao histórico conflito do Médio Oriente uma nova e
muito perigosa dimensão.
Solenemente,
a partir da Casa Branca, ele tinha dito na 5ª feira que adiaria a ordem de um
ataque ao Irão por até duas semanas para ver se uma resolução diplomática seria
possível. Na 6ª feira, ele disse que poderia decidir se os Estados Unidos
interviriam directamente na guerra contra o Irão antes de expirar o prazo de
duas semanas, enquanto desvalorizava os esforços diplomáticos europeus. No
sábado, ele mandou avançar os bombardeiros B-2
Spirit com as suas bombas GBU-57 Bunker Buster de 13 toneladas e, a partir de
meios navais, mandou disparar 30 mísseis de cruzeiro Tomahawk sobre alvos iranianos. Ele não é homem de palavra! Ele é
um perigo para o nosso planeta!
Depois, com uma enorme fanfarronice, felicitou “os grandes patriotas americanos que pilotaram aquelas
magníficas máquinas esta noite, e todos os militares dos Estados Unidos por uma
operação como o mundo não via há muitas e muitas décadas”. Desta
forma, ele faltou às promessas eleitorais que fez aos americanos quando lhes assegurou
que os Estados Unidos estariam fora de conflitos estrangeiros dispendiosos, ao
mesmo tempo que cedeu às pressões do extremista israelita que o TPI já classificou
como criminoso de guerra.
O mundo
está entregue a indivíduos tão perigosos como Donald Trump e Benjamin Netanyahu,
que ignoraram o bom senso e as declarações de
Rafael Grossi, o director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA),
que informou, inclusivamente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que os
inspectores que coordena “não reuniram provas que confirmem um esforço
sistemático do Irão para a construção de uma bomba atómica”. Assim, esta grave iniciativa no Médio Oriente viola o Direito Internacional e é semelhante ao que aconteceu com a invasão do Iraque em 2003, desencadeada com o objectivo de derrubar o regime de Saddam Hussein e acabar com as suas armas
de destruição em massa, que nunca foram encontradas. É a lei do mais forte, ou a lei da selva. Os líderes
europeus ficaram cobardemente calados, assustados e pequeninos.
Sobre o que vai
acontecer a seguir, há as mais diversas opiniões, mas com gente como o Donald e
o Benjamin tudo me parece imprevisível.
Este mundo está cada dia mais inseguro.