O Correio da Manhã informou na sua edição de hoje, com grande destaque, que a “CP encomenda 13 carros de luxo para chefes”.
Lê-se e não se acredita!
Numa altura em que um dos quebra-cabeças governamentais são as empresas públicas de transportes, os seus défices de exploração e os seus avultados passivos, esta notícia é, à sua escala, um enorme murro no estômago, como diria o nosso Primeiro.
Os modernos jornais tendem a exagerar, a praticar o sensacionalismo e a utilizar uma duvidosa tematização no seu alinhamento noticioso mas, frequentemente, também assumem o papel de guardiões dos valores democráticos, ao vigiar os atropelos e ao denunciar os excessos praticados.
Escasseiam os chamados jornais de referência em que se acreditava plenamente e os leitores – tal como os ouvintes e os telespectadores – cada vez mais, têm que estar atentos para decifrar a verdade na notícia que foi produzida para nos ser servida, até porque o mesmo facto pode dar origem a notícias de significados opostos.
A notícia hoje divulgada pode ser verdadeira ou falsa, mas tem um efeito psicológico desmoralizador sobre os leitores e acentua o clima depressivo que se está a apoderar da sociedade portuguesa. Ninguém compreende como estas coisas são possíveis, exactamente quando todos os dias nos chegam notícias devastadoras e brutais, a antecipar dias sombrios.
domingo, 16 de outubro de 2011
Carros de luxo: lê-se e não se acredita!
Os portugueses no reino do Sião
A Fundação Oriente, em colaboração com a Embaixada do Reino da Tailândia, inaugurou
“A glória do passado da Tailândia e os 500 anos de relações luso-tailandesas”, uma exposição que vai estar patente ao público até ao dia 13 de Novembro, no Museu do Oriente.
O tema da exposição é a civilização tailandesa, desde a pré-história até à actualidade, mas comemora também os 500 anos de relações entre Portugal e a Tailândia.
Os portugueses chegaram ao antigo reino do Sião em 1509 e, alguns anos depois, com permissão do seu rei, os missionários portugueses - Dominicanos, Jesuítas e Franciscanos - começaram a cristianizar os siameses, vindo a ser integrados na diocese de Malaca em 1557. Em meados do século XVII, o Padroado Português do Oriente tinha criado raízes e os portugueses já estavam estabelecidos há mais de um século com três paróquias no Nan Portuguete (Aldeia dos portugueses). O português era a língua franca e já existia uma numerosa comunidade luso-tailandesa, calculada em mais de duas mil e quinhentas almas. Na sequência da perda de Malaca e das disputas entre o Padroado Português do Oriente e a Propaganda Fidae, que levaram para o Oriente as rivalidades europeias, a influência portuguesa no Sião veio a perder-se.
A exposição apoia-se em fotografias e réplicas de testemunhos arqueológicos das relações entre Portugal e a Tailândia, encontradas nesse país.
Hoje, a memória portuguesa na Tailândia persiste e é muito respeitada.
“A glória do passado da Tailândia e os 500 anos de relações luso-tailandesas”, uma exposição que vai estar patente ao público até ao dia 13 de Novembro, no Museu do Oriente.
O tema da exposição é a civilização tailandesa, desde a pré-história até à actualidade, mas comemora também os 500 anos de relações entre Portugal e a Tailândia.
Os portugueses chegaram ao antigo reino do Sião em 1509 e, alguns anos depois, com permissão do seu rei, os missionários portugueses - Dominicanos, Jesuítas e Franciscanos - começaram a cristianizar os siameses, vindo a ser integrados na diocese de Malaca em 1557. Em meados do século XVII, o Padroado Português do Oriente tinha criado raízes e os portugueses já estavam estabelecidos há mais de um século com três paróquias no Nan Portuguete (Aldeia dos portugueses). O português era a língua franca e já existia uma numerosa comunidade luso-tailandesa, calculada em mais de duas mil e quinhentas almas. Na sequência da perda de Malaca e das disputas entre o Padroado Português do Oriente e a Propaganda Fidae, que levaram para o Oriente as rivalidades europeias, a influência portuguesa no Sião veio a perder-se.
A exposição apoia-se em fotografias e réplicas de testemunhos arqueológicos das relações entre Portugal e a Tailândia, encontradas nesse país.
Hoje, a memória portuguesa na Tailândia persiste e é muito respeitada.
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