No recente congresso do maior partido político português da
actualidade, o respectivo presidente decidiu incluir Miguel Relvas como cabeça
da sua lista para o Conselho Nacional, que é o órgão mais importante entre
congressos e que é uma espécie de parlamento do partido, onde estão
representadas as várias sensibilidades internas. Miguel
Relvas foi eleito e, portanto, será ele a liderar o Conselho Nacional do PSD e,
consequentemente, ele está de regresso à política activa, pouco tempo depois de
a ter abandonado. É uma boa notícia! O anedotário nacional andava
descaracterizado e pobre, pelo que o regresso de Miguel Relvas é não só um
direito que lhe assiste, mas também é uma fonte de inspiração para a blogosfera
e para as redes sociais.
Todos recordamos Miguel Relvas e a sua licenciatura-relâmpago na Universidade
Lusófona com 32 equivalências, que o Ministério Público ficou de averiguar para
lhe ser retirado ou não o grau académico conquistado sem trabalho e, eventualmente, à margem da lei. Recordamos
também os cartazes exibidos na Volta à França e nos Jogos Olímpicos que o mandavam
estudar e, sobretudo, lembramos o ar aterrorizado com que enfrentou a grandolada com que os estudantes o
brindaram, quando há um ano esteve na cerimónia de encerramento da Conferência
dos 20 Anos da TVI, que se realizou no ISCTE.
Portanto, o regresso de Miguel Relvas é um golo na própria baliza de quem lhe
deu a mão e um embaraço para os seus ex-colegas Crato e Poiares, mas também é uma
grande alegria para quem anda deprimido e triste com esta governação mentirosa ou
com a monumental farsa que é a nossa vida política. O atrevimento de Relvas é realmente uma coisa para nos divertir.