O futebolista
Cristiano Ronaldo conseguiu aos 37 anos de idade fazer o maior contrato alguma
vez feito no mundo do futebol e esse facto é notícia porque se trata do
português mais famoso que alguma vez existiu num país com quase nove séculos de
História. Porém, à decisão de ir jogar
para a Arábia Saudita não é alheio o enorme cheque que acompanha a assinatura
do contrato com o Al-Nassr que, segundo tem sido divulgado, será de 500 milhões
de euros por dois anos e meio, isto é, até Junho de 2025. Serão, portanto,
cerca de 200 milhões de euros por ano o que fazem da sua remuneração a mais
alta de sempre de um futebolista.
O Al-Nassr é o
quinto clube na carreira de Cristiano Ronaldo, depois de ter jogado com as
camisolas do Sporting, do Manchester United, do Real Madrid e da Juventus,
tendo ganho cinco Taças dos Campeões Europeus e muitos outros troféus.
Ontem o jogador
foi apresentado em Riade no estádio do seu novo clube, tendo chegado na
companhia da mulher e de quatro dos seus cinco filhos, tendo sido recebido em
delírio por cerca de 25 mil adeptos.
Num relato
excitadíssimo, um jornalista português dizia ontem que Cristiano Ronaldo iria
aparecer hoje nas primeiras páginas dos jornais de todo o mundo. Enganou-se.
Exceptuando os jornais portugueses, apenas um jornal mexicano e um outro jornal dos
Emirados destacou a apresentação de Cristiano Ronaldo em Riade como notícia de primeira
página.
Provavelmente, a
imprensa internacional considerou esta transferência de Cristiano Ronaldo, mais
como uma operação de marketing internacional do que uma contratação futebolística, pois estará alinhada com as Nações Unidas que consideram que na Arábia Saudita, “os abusos dos direitos
humanos estão descontrolados e incluem torturas, detenções arbitrárias e
execuções”. É neste mundo que Ronaldo vai viver, embora anestesiado pelos dólares sauditas.