Terminou ontem a
Primeira Liga de 2015-2016 e o Benfica foi o vencedor, apenas porque no final
somou mais pontos do que os seus adversários. É sempre assim. O Benfica não foi melhor
nem pior do que as outras equipas, mas somou mais pontos e isso é que conta. Dos que fizeram menos pontos, dos que desceram de divisão, dos que tiveram golos anulados ou penaltis mal assinalados, não reza a história. O Benfica ganhou e, de
acordo com as estatísticas, foi campeão pela 35ª vez, enquanto os seus rivais FC
Porto e o Sporting, que já ganharam a prova em 27 e em 18 ocasiões, respectivamente, têm que esperar mais um ano. Significa que essas equipas também são boas, mas que este ano o Benfica foi melhor.
As
televisões passaram longas horas a contar tudo o que se passou, com
intermináveis e cansativas reportagens e entrevistas. Os telejornais esqueceram
o mundo e o país para se concentrarem no futebol e no Benfica, nos seus
jogadores, dirigentes, treinadores, adeptos e simpatizantes. As imagens
mostraram um clima de euforia que não é nada habitual e que revela como as
televisões conseguem manipular multidões, pois fica-se com a sensação de que
ninguém faltou à festa. Hoje, todos os jornais tratam do mesmo assunto com
grande destaque, mostram a alegria popular na Praça Marquês de Pombal e falam na
maré vermelha de festejos que se estendeu pelo país e pelos países onde há
portugueses.
Não há dúvidas que o Benfica é mesmo um fenómeno de popularidade
nacional e que dá muitas alegrias aos portugueses. Não há mal nenhum nisso. Aqueles que, como eu, não pertencem à "nação benfiquista, não ficam indiferentes a tão grandes manifestações de alegria popular.