Depois dos
chamados acordos de Nova Iorque assinados no dia 5 de Maio de 1999 entre Jaime
Gama e Ali Alatas, em representação dos governos de Portugal e da Indonésia com
a mediação de Kofi Annan, o secretário-geral das Nações Unidas, realizou-se no
dia 30 de Agosto de 1999 um referendo em Timor Leste.
Nessa consulta não se falava em independência e, muito habilmente, perguntava-se aos timorenses se aceitavam ou não uma autonomia especial para o seu território. A resposta foi negativa e 78,5% dos timorenses optaram por rejeitar essa “oferta” de estatuto, o que nos termos dos acordos de Nova Iorque significava o fim do vínculo indonésio a Timor-Leste e a restauração do estatuto que tinha até à invasão indonésia do seu território. Estava aberta a porta para a independência de Timor-Leste e para a substituição das forças militares e policiais indónésias por uma Força Internacional para Timor-Leste (INTERFET).
Nessa consulta não se falava em independência e, muito habilmente, perguntava-se aos timorenses se aceitavam ou não uma autonomia especial para o seu território. A resposta foi negativa e 78,5% dos timorenses optaram por rejeitar essa “oferta” de estatuto, o que nos termos dos acordos de Nova Iorque significava o fim do vínculo indonésio a Timor-Leste e a restauração do estatuto que tinha até à invasão indonésia do seu território. Estava aberta a porta para a independência de Timor-Leste e para a substituição das forças militares e policiais indónésias por uma Força Internacional para Timor-Leste (INTERFET).
A notícia da
realização da consulta popular que foi acordada em 5 de Maio, provocou muitas
acções de intimidação contra os independentistas e muitos assassinatos. Com os
resultados de 30 de Agosto, as milícias pró-indonésias com a cumplicidade dos
militares indonésios, criaram uma situação de generalizada violência e
destruição no território, sobretudo na cidade de Dili, assassinando muitas
centenas de pessoas e levando muitos milhares a refugiarem-se em territórios
vizinhos. As infraestruturas do território foram destruídas quase
completamente, incluindo casas, escolas, igrejas, hospitais, bancos e os
sistemas de irrigação, de abastecimento de água e de electricidade. As
televisões mostraram a tragédia vivida pelos timorenses durante vários dias,
pois só no dia 20 de Setembro desembarcou a força das Nações Unidas comandada
pelo major-general australiano Peter Cosgrove. Hoje, o jornal Público evoca o 20º
aniversário do referendo que abriu as portas da independência a Timor Leste, com uma fotografia da "alegria do povo".