terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Capital Ibero-Americana da Cultura 2017

Até ao dia 22 de Dezembro, a cidade de Lisboa será a Capital Ibero-Americana da Cultura, com uma programação que inclui mais de 150 actividades, nas quais participarão centenas de artistas e produtores nacionais e ibero-americanos. É a segunda vez que Lisboa foi escolhida pela União das Capitais Ibero-Americanas (UCCI) como Capital Ibero- Americana da Cultura, pois em 1994 já acumulara essa distinção com a sua escolha como Capital Europeia da Cultura.
Passado e Presente — Lisboa, Capital Ibero-Americana de Cultura é uma iniciativa da UCCI e da Câmara Municipal de Lisboa, que conta com a participação, colaboração e apoio de dezenas de outras instituições, associações e equipamentos privados. A programação é extensa e diversificada, nela se incluindo exposições e concertos, peças de teatro, visitas guiadas, residências artísticas, exibição de filmes, colóquios, workshops, um festival de arte urbana, espetáculos de dança, entre outras actividades. Peruanos e argentinos, colombianos e chilenos, brasileiros e mexicanos, para além de portugueses e espanhóis, terão em Lisboa um espaço de afirmação cultural.
É, também, uma excelente oportunidade para que os países ibero-americanos, compreensivelmente mais virados para Madrid e Barcelona, possam colocar Lisboa nos seus roteiros europeus. Da mesma forma, é ainda uma oportunidade para mostrar que num mundo em recomposição de interesses e de áreas de influência, pode haver espaço para a crescente afirmação do potencial estratégico do ibero-americanismo, até porque as línguas ibéricas juntas são,  depois do chinês, as mais faladas do mundo.

Eleições autárquicas, com zangas e amuos

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A edição de hoje do jornal i destaca a situação que se vive no seio dos partidos da direita que governaram o país entre 2011 e 2015, por causa das eleições autárquicas que se aproximam. Parece que tinha havido uma aliança nacional entre os dois partidos no sentido de poderem optimizar os seus resultados eleitorais e, dessa forma, levar o PS a uma derrota autárquica e à eventual queda do governo.
Era normal que assim fosse, porque a luta política é mesmo assim. Porém, as coisas não correram bem e, antes que fosse tarde, a centrista Cristas decidiu candidatar-se e escolheu logo a capital, sem dar cavaco ao Passos que não gostou nada de o terem posto de lado e ficou zangado. Como ninguém conhece Cristas, que anda nisto há pouco tempo, ela queria aparecer na televisão e queria falar, mas nem ela nem o seu pequeno partido têm estatuto político para estas jogadas. A esperteza da Cristas, talvez ainda inspirada no esperto que a antecedeu no seu grupo político, alastrou por muitas outras localidades onde se estavam a preparar eventuais coligações entre o PSD e o CDS, mas ter-se-ão verificado os mesmos tipos de esperteza do CDS que, sem noção das realidades, exigia paridades. O clima azedou e há muitos amuos, mas não é caso para admirar.
Os debates parlamentares que a televisão transmite têm mostrado que os deputados do PSD e do CDS sentados nas primeiras filas sob a orientação do paranóico Montenegro e do imbecil Magalhães têm usado demasiadas vezes uma linguagem despropositada, provocadora, agressiva e injuriosa. Batem no tampo das mesas. Gritam. Gesticulam. Não diferem muito dos comportamentos das claques do futebol. São uma distorção da Democracia. Como é que gente desta se pode entender?