É sabido que a
meteorologia dos Açores se altera depois do equinócio do Outono e que as chuvas
se tornam mais frequentes, as ventanias muito mais fortes e a agitação marítima
muito incómoda para aqueles que andam no mar. Nesta época, o famoso anticiclone
dos Açores costuma deslocar-se para sul, deixando que predomine a influência
das baixas pressões do Atlântico Norte, que tantas tempestades provocam nas
costas ocidentais europeias. Porém, neste ano de 2015, talvez como consequência
da desregulação global que atravessa tantas outras coisas deste mundo, o
anticiclone dos Açores está preguiçoso e tem teimado em manter-se nas latitudes
do costume, o que faz com que se esteja um tempo quase primaveril aqui nas
ilhas.
No caso do grupo
central do arquipélago, essa circunstância é bem visível no Pico que não se
esconde nas núvens e parece divertir-se com elas, oferecendo-nos imagens de
grande espectacularidade e beleza. Para os entendidos nestas coisas da
meteorologia local, as núvens em volta do Pico têm um significado meteorológico
preciso que eu desconheço. Sinal de bom tempo? Sinal de tempestade? Sinal de
acalmia prolongada? Não sei.
Apenas sei que,
com núvens ou sem elas, o Pico é sempre imponente e muito atraente.