Há 70
anos, no dia 27 de Janeiro de 1945, as tropas soviéticas libertaram Auschwitz,
o mais famoso e mais tenebroso campo de concentração do III Reich, onde terão morrido
cerca de 1,3 milhões de pessoas, sobretudo judeus, mas também polacos, ciganos
romenos, prisioneiros de guerra russos e dezenas de milhares de prisioneiros de
outras nacionalidades.
A
partir de toda a Europa ocupada pelos nazis, entre o início de 1942 e os finais
de 1944, houve muitos milhares de pessoas que, por via ferroviária, foram
transportadas para Auschwitz, um campo situado no território polaco, com destino às suas
câmaras de gás. Muitos não chegaram a morrer nessas câmaras de extermínio, pois
sucumbiram à fome, às doenças infecciosas, aos trabalhos forçados, às execuções
individuais ou às experiências médicas.
Auschwitz
tornou-se o maior e o mais terrível campo de concentração e um símbolo da
barbárie nazi. A sua brutal realidade ultrapassou tudo o que pudesse ter sido
imaginado.
Em 1947
foi aberto o Museu de Auschwitz-Birkenau nas instalações do antigo campo de
concentração de forma a preservar às gerações vindouras a memória do Holocausto
e, em 1979, a UNESCO declarou oficialmente o “German Nazi Concentration and Extermination Camp (1940-1945)” de
Auschwitz-Birkenau, como Património da Humanidade.
Hoje,
cerca de 300 sobreviventes de Auschwitz, na sua maioria com mais de 90 anos de
idade, regressaram ao local de onde foram libertados há 70 anos, numa cerimónia
em que estiveram presentes delegações oficiais de cerca de cinco dezenas de
países. Porém, as cerimónias evocativas aconteceram um pouco por todo o mundo,
inclusive em Portugal, tendo alguns jornais internacionais evocado a data, homenageado as vítimas do nazismo e apelado
para que o mundo não esqueça Auschwitz e os seus horrores.