quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Calatrava e a arquitectura de Valência

Santiago Calatrava é um arquitecto e engenheiro espanhol que nasceu em 1951 na cidade de Valência e que é, actualmente, um símbolo maior da arquitectura mundial, pelo seu carácter inovador nas formas e nos materiais que utiliza, em especial o vidro e o aço, mas também pelo arrojo com que estuda as suas soluções a partir de métodos matemáticos e informáticos.
As obras de Santiago Calatrava integram-se na chamada “arquitectura-espectáculo” e, por vezes, parecem desafiar as leis da Física, mas estão hoje espalhadas por muitos países europeus, pelos Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil, destacando-se mais de quarenta pontes que são classificadas como verdadeiras obras de arte. Em Portugal, Santiago Calatrava deixou a sua marca em 1998 na monumental Gare do Oriente, em Lisboa, cuja cobertura de vidro está equilibrada sobre colunas que se assemelham a um enorme palmar.
Na sua cidade natal de Valência, o arquitecto Santiago Calatrava ergueu a Cidade das Artes e das Ciências, um impressionante complexo arquitectónico formado por oito gigantescas construções, entre elas o Planetário em formato de olho humano adornado com gigantescas pálpebras de aço, um Oceanário e o Palácio das Artes Rainha Sofia.
Hoje o jornal valenciano Las Provincias destaca na sua primeira página a fotografia de Pedro Luis Ajuriaguerra, o fotógrafo espanhol que venceu o Art of Building, um concurso anualmente organizado pelo Chartered Institute of Building do Reino Unido. Ajuriaguerra fotografou o Museu da Ciência, um dos edifícios integrado na Cidade das Artes e das Ciências utilizando o reflexo do edifício para dar a aparência de um estranho tipo de peixe, pelo que deu o título Fish à sua fotografia. É uma fotografia realmente espectacular, bem ao nível da criatividade de Santiago Calatrava.